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Sábado, 04 de Junho de 2022, 13h:48

Junho vermelho: A promessa de salvar vidas

Após ficarem entre a vida e a morte advogado e doméstica se tornam doadores de sangue

Renata Silva
Especial para o Capital News

Acervo pessoal

Junho vermelho: A promessa de salvar vidas

Em fevereiro, ao doar sangue

Após sobreviver a um acidente de carro em 2003, João Cláudio dos Santos de 44 anos, advogado se tornou um doador fiel de sangue. O gesto de salvar vidas, veio após passar pelo drama de precisar de sangue para sobreviver e ter dificuldades em encontrar doadores.

Acervo pessoal

Junho vermelho: A promessa de salvar vidas

Advogado num passeio com o filho


O advogado tinha 26 anos na época e voltava de Cuiabá para Campo Grande tomar posse num concurso público quando o veículo em que estava chocou de frente com um caminhão. João ficou quase 20 dias em coma na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas conseguiu se recuperar ficou apenas com uma limitação no braço direito.

Assim que saiu do hospital, ele a promessa de ser um doador, começou a doar sangue em 2005 e não parou mais. “Minha família sofreu os desafios de encontrar voluntários que pudessem ajudar, graças a Deus deu tudo certo. Me sinto muito bem em poder ajudar o próximo”, detalha.

Acervo pessoal

Junho vermelho: A promessa de salvar vidas

Rosângela se torna atleta após lutar pela vida. Com a neta após sair do hospital


Assim como ele, a doméstica Rosângela de Fátima Alves da Cruz, de 49 anos também lutou pela vida e precisou de muitas bolsas de sangue para se recuperar. Ela conta que por causa de um mioma no útero, passou por três procedimentos cirúrgicos num intervalo de 50 dias em 2013, encontrar um voluntário foi uma tarefa difícil.

Rosângela é de Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, ela havia recém-chegado em Campo Grande, além de não conhecer ninguém, os filhos eram pequenos e o marido não tinha o peso ideal para doar. “Eu não tinha conhecidos, foi muito difícil para mim. Graças a Deus eu saí dessa”, explicou.

“Eu já cheguei a não ter sangue nem pra mim e hoje eu posso ajudar quem precisa”


Assim que a doméstica saiu do hospital prometeu que nunca mais deixaria de salvar vidas. Além do gesto solidário, adotou hábitos saudáveis e hoje prática esportes. “Eu já cheguei a não ter sangue nem pra mim e hoje eu posso ajudar quem precisa”, frisou.

Este mês é dedicado à mobilização da sociedade para a doação de sangue. Conhecido como Junho vermelho, a proposta é incentivar o cidadão a ser doador, especialmente nesse período que por causa do tempo seco e das baixas temperaturas, as doações costumam cair até 80 por cento.

O tema da campanha desse ano é: "Bate um Bolão Quem Doa de Coração". A proposta é relacionar a paixão nacional pelo futebol, no ano da Copa do Mundo, com a causa do sangue que move a vida.

Este ano a Rede Hemosul do Estado apresenta uma novidade, o Medidor de Sinais Vitais para a coleta de sangue. O equipamento tem o objetivo de substituir o “furo no dedinho”. Por meio dele será possível medir a hemoglobina, pressão arterial, batimentos cardíacos e oxigenação, tudo no mesmo aparelho.

Divulgação

O órgão solicitou ajuda da população para receber doações com urgência

Junho vermelho é dedicado à mobilização da sociedade para a doação de sangue

 

Outra novidade é que neste mês toda a hemorrede passa a coletar o sangue de doadores a partir de 51 kg. Desde 2009, a coleta passou a ser apenas para quem tinha 55 kg ou mais.

Uma bolsa de sangue pode beneficiar até quatro pessoas em situações diversas, como em cirurgias, tratamentos de doenças crônicas, como a doença falciforme e a talassemia, além de outras situações em que seja necessária a transfusão.

Para doar sangue é preciso seguir alguns critérios como estar munido de um documento oficial com foto, ter entre 16 e 69 anos, ter acima de 51 quilos.

Serviço:
HEMOSUL - Av. Fernando
Côrrea da Costa, n° 1304
Tel 67 3312-1500