Nesta quinta-feira (09), o presidente Jair Bolsonaro defendeu uma “reforçada cooperação” dos países do Brics em prol da modernização da Organização Mundial do Comércio (OMC).
“Ressalto que melhorar as regras sobre subsídios – tanto industriais quanto agrícolas – é fundamental para corrigir distorções e evitar uma 'competição predatória'”, disse. Ainda de acordo com Bolsonaro, o Brasil propôs um “pacote ambicioso, mas factível” para a OMC, incluindo comércio e saúde, agricultura, pesca, subsídios, entre outros.
Em Genebra, na Suíça, de 30 de novembro a 3 de dezembro, está prevista a realização da 12ª Conferência Ministerial da OMC, quando deve ser discutido seu processo de reforma. Para Bolsonaro, é o momento de estabelecer melhores regras sobre subsídios industriais e agrícolas.
“Para responder aos desafios do século XXI, precisamos de sistema multilateral de comércio aberto, transparente, não discriminatório e baseado em regras mutuamente acordadas e estabelecidas”, disse, durante a 13ª Cúpula do bloco que reúne pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Bolsonaro também falou sobre “a urgência” de avançar nas discussões sobre a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, “de modo a ampliar sua composição nas duas categorias de membros e a garantir maior representatividade do mundo em desenvolvimento”. A partir de janeiro de 2022, pela décima-primeira vez, o Brasil vai assumir um assento não permanente no grupo. O conselho é formado por 15 países com direito a voto, sendo que apenas Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia são membros permanentes e têm poder de veto.
A cúpula do Brics aconteceu por videoconferência, mas não teve transmissão. O discurso de Bolsonaro foi divulgado na página da Presidência. A abertura do encontro, por sua vez, foi transmitida. E, em sua rápida fala, Bolsonaro destacou as relações bilaterais com cada país do bloco.