Neste domingo (22) em Dubai, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), participou do seminário sobre oportunidades de negócios no Brasil na Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. Em sua participação, destacou as oportunidades de comércio e de investimentos no Brasil, segundo ela, a retomada do crescimento brasileiro depende de recursos externos a serem aplicados em vários setores da economia, especialmente no agronegócio.
A ministra destacou que há enorme espaço para Brasil e Emirados Árabes trabalharem em conjunto, em uma relação benéfica para os dois países. “Existem oportunidades ao longo de toda a cadeia produtiva do agro: insumos, maquinário, produção, processamento, estocagem, distribuição, transporte, pesquisa, tecnologia e inovação”, destacou Tereza Cristina.
Ela também citou projetos de infraestrutura que podem receber investimentos externos, como ferrovias e rodovias, além de oportunidades de investimentos em setores produtivos como produtos florestais, lácteos, aquicultura e horticultura.
No seminário, o presidente da Câmara Árabe-Brasileira, Rubens Hanun, disse que a missão do Ministério da Agricultura ao Oriente Médio vai contribuir para o crescimento dos negócios do Brasil com os países da região.
O presidente da Autoridade Árabe para Agricultura, Investimento e Desenvolvimento, Mohammed Bin Obaid Al-Mazrooei, destacou os investimentos em segurança alimentar nos países árabes.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) também fizeram apresentações sobre o agronegócio brasileiro.
O comércio entre o Brasil e os Emirados Árabes gira em torno de US$ 2,5 bilhões, sendo que praticamente metade são de produtos agrícolas. Frango, açúcar e carne bovina respondem por 77% de tudo o que o Brasil exporta para os Emirados.
Além de altamente produtiva, a agropecuária brasileira tem um elevadíssimo status sanitário: nunca registrou casos de influenza aviária e está avançando na erradicação da febre aftosa, além de ser classificado como de risco insignificante para a doença da vaca louca. “A excelência sanitária da produção é resultado de diversos programas coordenados pelo Ministério da Agricultura e desenvolvidos com o apoio e a parceria dos produtores rurais. Complementarmente, inspeções sanitárias nas etapas de recebimento dos animais, abate e processamento garantem a inocuidade de todas as carnes produzidas”, afirmou a ministra.