Nova variante africana da covid-19, cepa B.1.1.529, foi batizada como Ômicron. A variante é portadora de dezenas de mutações genéticas que podem afetar os índices de contágio e de letalidade. A variante foi identificada nos países vizinhos a Botsuana – África do Sul, Lesoto, Namíbia, Zimbábue e Eswatini (ex-Suazilândia) –, casos da variante Ômicron também foram registrados em outras regiões: Hong Kong, na China, foi a primeira delas. Israel e Bélgica também tiveram registros, casos que seguem isolados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmou que ainda não há estudos suficientes para afirmar as propriedades da Ômicron, mas que já existem esforços científicos acelerados para estudar as amostras. Um time de cientistas de universidades da África do Sul está decodificando o genoma do Ômicron, juntamente com dezenas de outras variantes do novo coronavírus.
“Essa nova Variante de Preocupação Omicron ressalta da necessidade de acelerar a equidade vacinal e de fazer imunizar contra a covid-19 profissionais de saúde, pessoas idosas e outros em risco e que ainda não receberam a primeira e a segunda dose”, destacou a OMS, por meio de sua conta no Twitter.
De acordo com a entidade, a decisão do nome foi tomada por conta da grande quantidade de mutações apresentada pela variante, sendo que algumas delas apresentam “características preocupantes”. “Neste momento, há muitos estudos em andamento e muito trabalha na África do Sul e em outros países para que se possa caracterizar melhor a variante em termos de transmissibilidade, severidade e qualquer tipo de impacto em medidas de combate, como o uso de kits diagnósticos, terapias e vacinas”, informou conforme a Agência Brasil, a líder técnica de resposta à covid-19 da OMS, Maria Van Kerkhove.
A classificação de Variante de Preocupação, exige importantes ações por parte dos governos, como o compartilhamento de sequências de genoma; a comunicação de casos e mutações; e a realização de investigações de campo e de análises laboratoriais para melhor compreender os impactos, a epidemiologia, a severidade e a efetividade de medidas de saúde pública.
Proibição
Brasil ainda não registrou nenhum caso da nova variante. Para tentar frear a chegada da Ômicron ao país, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, determinou que voos com origem de países do sul da África não poderão desembarcar no Brasil. Outros países, como a Inglaterra, também proibiram a chegada de voos vindos da região.
Imunização
Pfizer, responsável por uma das vacinas inovadoras contra o novo coronavírus, afirmou que espera conseguir colocar no mercado uma nova versão do imunizante que seja eficaz contra a variante Ômicron em um prazo de até 100 dias. A eficácia das vacinas existentes ainda não foi testada em relação à nova variante.