A defesa do goleiro Bruno Fernandes e do amigo dele, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, tenta nesta segunda-feira agilizar o julgamento do pedido de liberdade para os dois, no processo que tramita no Rio de Janeiro. Eles são acusados de sequestro, cárcere privado e lesão corporal contra Eliza Samudio, ex-amante do jogador, em outubro do ano passado. Na época, ela estava grávida de um filho que seria do goleiro.
O advogado Márcio Carvalho de Sá vai despachar na tarde de hoje com o desembargador Alexandre Varella. Ele vai apresentar as justificativas para o pedido de liberdade e solicitar que o pedido de habeas corpus entre amanhã na sessão de julgamento da 7ª Câmara Criminal do Rio.
Bruno e Macarrão estão no Rio desde quinta-feira (26), quando ocorreu a primeira audiência com depoimentos de testemunhas de acusação. A próxima audiência está prevista para setembro, com presença de 13 testemunhas de defesa. Mas ainda não há data marcada. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, os acusados devem permanecer na cidade por 30 dias. No entanto, a defesa quer a volta para Minas Gerais. Eles estavam presos desde 7 de julho no Complexo Penitenciário de Contagem (MG).
De acordo com o advogado do goleiro, Ércio Quaresma, se o habeas corpus for negado, a defesa recorrerá ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). Já o promotor do caso, Eduardo Paes, afirma que é inviável a volta dos dois acusados para Minas Gerais antes dos 30 dias determinados pelo TJ-RJ. "As provas são fartas. Não vejo motivo que justifique o retorno. Eles estão bem resguardados aqui. Além disso, teremos outras audiências e o custo de ida e volta dos presos é entorno de 50 mil reais", ressaltou o promotor.
Depois da audiência em que foram ouvidas testemunhas de acusação, o processo foi para o Ministério Público Estadual. Paes acredita que deve devolvê-lo ao Tribunal de Justiça nesta terça-feira (31). Após a devolução, a Justiça deve decidir nova data de audiência.
Além do processo no Rio, Bruno e Macarrão são acusados em Minas ainda pelo desaparecimento e possível morte da jovem. Ela foi vista pela última vez no início do mês de junho. Outras sete pessoas também são acusadas do crime e também estão presas. Um adolescente, primo de Bruno. foi apreendido.(Fonte: Folha Online)
