Paulo H. Carvalho/Arquivo Casa Civil - PR
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Na manhã festa segunda-feira (26) a Polícia Federal (PF) realiza o cumprimento de mandados judiciais da 35ª fase da Operação Lava Jato que tem como alvo o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, que teve a prisão temporária decretada nesta manhã em São Paulo, na Operação Omertá.
Os agentes realizam ações em seis estados, entre eles Mato Grosso do Sul, e no Distrito Federal, com dois mandados de prisão temporária, 27 de busca e apreensão e 15 de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para a delegacia a fim de prestar esclarecimentos e depois é liberada.
De acordo com a Agência Brasil, a suspeita é de que Palocci teria ligação com o comando da empreiteira Odebrecht, uma das principais do país. A operação investiga se o ex-ministro e outros envolvidos receberam dinheiro para beneficiar a empreiteira em contratos com o governo.
Segundo a PF, as negociações envolviam a Medida Provisória 460, de 2009, que tratava de crédito-prêmio do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), além do aumento da linha de crédito da Odebrecht no Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para um país africano, além de interferência em licitação da Petrobras para a aquisição de 21 navios-sonda para exploração da camada pré-sal.
A operação recebe o nome de 'Omertá' devido à investigação policial que dá referência à origem italiana do codinome que a construtora usava para fazer referência ao principal investigado da fase ('italiano'), bem como ao voto de silêncio que imperava no Grupo Odebrecht que, ao ser quebrado por integrantes do 'setor de operações estruturadas' permitiu o aprofundamento das investigações.
