Depois de quase cinco horas de votação, 342 deputados votaram “sim” neste domingo (17) para abrir processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff (PT). Isso representa dois terços da Câmara, o que autoriza a admissibilidade do processo.
O deputado Washington Reis (PMDB-RJ) foi o primeiro a votar, dizendo “sim”. Já Édio Lopes (PR-RR) registrou o primeiro “não”. O voto favorável de Bruno Araújo (PSDB-PE) definiu a abertura do impeachment.
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Cinco deputados de Mato Grosso do Sul votaram sim pelo impeachment de Dilma
Por Mato Grosso do Sul, Carlos Marun (PMDB), Elizeu Dionizio (PSDB), Geraldo Resende (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM), Tereza Cristina (PSB) se manifestaram a favor. Já Dagoberto Nogueira (PDT), Vander Loubet (PT) e Zeca do PT votarão “não”.
O que acontece em seguida
Com a admissibilidade do processo, o impeachment seguirá para o Senado. Se for aprovado, a presidente é afastada do cargo por seis meses e o vice Michel Temer (PMDB) ocupa a Presidência da República interinamente. Se o Senado não concluir o processo nesse prazo, Dilma retorna ao cargo.
Caso seja afastada, o Senado inicia o julgamento. Assim como na Câmara, haverá comissão especial que emitirá parecer, direito à defesa e três sessões para votar. Na última sessão, a aprovação depende de dois terços da Casa, o que representa 41 dos 81 senadores.
Essa sessão será presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, o ministro Ricardo Lewandowski ocupa o cargo, e em setembro, a ministra Cármen Lúcia deve comandar da corte mais alta do país.
Caso seja aprovado, Dilma é destituída definitivamente do cargo e Michel Temer será empossado como o 37º presidente da República. Se não houver maioria, Dilma fica absolvida, podendo reassumir a Presidência e o processo é arquivado em definitivo.
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