O goleiro Bruno Fernandes, 25, e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, chegaram por volta das 12h desta segunda-feira ao Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa, em Belo Horizonte (MG). Eles chegaram algemados, em carros separados e não falaram com a imprensa.
Segundo a Polícia Civil, os dois serão interrogados novamente hoje pelo delegado Edson Moreira para falar sobre o envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio, 25, ex-amante do jogador. O advogado Ércio Quaresma orientou a dupla a falar somente em juízo. A polícia já tentou ouvir Bruno e Macarrão outras vezes, mas eles se negaram em falar.
Taiara Julia, 20, mulher do motorista do goleiro Bruno, Claiton da Silva Gonçalves, chegou por volta das 10h30 desta segunda-feira ao local para prestar depoimento. Ela deixou a delegacia por volta das 11h40, acompanhada pelo advogado Lorivaldo Carneiro, que representa seu marido.
Segundo Carneiro, a mulher foi intimada apenas para prestar esclarecimento. Ela contou à polícia que recebeu o filho de Eliza no dia 24 de junho pelas mãos de Wemerson Marques de Souza (o Coxinha), que identificou o menino como seu próprio filho. Coxinha teria pedido para ela entregar a criança à uma mulher chamada Geisa no bairro Liberdade, entre os municípios de Ribeirão das Neves e Contagem. Ela recebeu R$ 50 para fazer o serviço.
"Ela alimentou a criança, deu banho porque ela estava muito debilitada, chorando muito", disse o advogado. Segundo ele, a mulher de Coxinha contou com a ajuda da mãe para cuidar do menino.
Histórico
Eliza é mãe de um bebê de cinco meses, cujo pai seria o goleiro Bruno. Ela teria sido morta por sua insistência para que Bruno reconhecesse a criança e lhe pagasse uma pensão. A polícia se baseia principalmente em depoimentos de dois primos do jogador relatando como Eliza foi sequestrada e morta.
Em seu primeiro depoimento, Sérgio Rosa Salles, 22, uma das testemunhas, disse que Bruno levou Eliza a uma casa em Vespasiano. Depois, voltou atrás e afirmou que o jogador ficou no sítio em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte, onde Eliza esteve antes.
O outro primo do goleiro, um adolescente de 17 anos, diz que levou Eliza junto com Sérgio e Luiz Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, até a casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola. No local, Santos teria sufocado ex-namorada do goleiro e arremessado partes do seu corpo a cães rottweillers.
Para o delegado Edson Moreira, que comanda as investigações, o relato do menor é consistente. Mas após oito escavações na casa de Bola, os investigadores não encontraram nem corpo nem vestígios de sangue. A defesa do goleiro afirma que o jogador é inocente e não há corpo da ex-namorada para comprovar que tenha havido um crime.(Fonte: Folha Online)
