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Nacional Segunda-feira, 22 de Outubro de 2007, 08:00 - A | A

Segunda-feira, 22 de Outubro de 2007, 08h:00 - A | A

Dois morrem em acampamento sem-terra no PR

Agência Brasil

Duas pessoas morreram num conflito ocorrido ontem em         um acampamento de sem-terra do campo de experimento de soja e milho transgênicos da multinacional Syngenta Seeds, em Santa Tereza do Oeste, no Paraná. Outras ficaram feridas, algumas em estado grave.

A informação foi passada pela Via Campesina, onde militava uma das vítimas fatais, Valmir Mota. Segundo a organização, o fato ocorreu quando uma “milícia com cerca de 40 pistoleiros” atacou o acampamento, executando Mota “à queima roupa com dois tiros no peito” e deixando seis trabalhadores “gravemente feridos”.

A Polícia Civil de Cascavel confirmou os óbitos e disse que a outra vítima fatal se chama Fábio Ferreira, que seria integrante da segurança particular da empresa. Mas forneceu uma informação diferente em relação aos feridos: seriam quatro seguranças e quatro sem-terra, sendo um de cada grupo em estado grave.

A Via Campesina informa que uma integrante do movimento está em coma e corre risco de morte: Izabel Nascimento de Souza. A polícia confirma que uma mulher está em estado grave após ter levado um tiro no olho, e está na sala de cirurgia do Hospital Universitário de Cascavel – que fica a 25 quilômetros de Santa Tereza do Oeste – juntamente com um “segurança” que levou um tiro que perfurou o colete.

Os demais feridos, segundo a Via Campesina, são: Gentil Couto Viera, Jonas Gomes de Queiroz, Domingos Barretos e Hudson Cardin.

A assessoria de imprensa informou que membros do movimento não dariam entrevista hoje para evitar retaliação e porque eles estariam sendo presos na hora de prestar depoimento. Em entrevista à Agência Brasil, o investigador Miguel Zanella, da delegacia de Cascavel, confirmou as detenções, “a princípio”.

“Não sei se vão ser presos, porque o protocolo é indiciar e responder inquérito em liberdade. Mas às vezes a pessoa é presa por outros motivos, como porte de arma”, declarou o policial num primeiro momento. Depois, pediu licença para checar melhor o procedimento adotado e voltou com a informação de que não poderia dar mais informações porque um delegado de Curitiba dará uma entrevista coletiva amanhã. Mas reconheceu que “a princípio eles vão ficar detidos”.

As famílias acampadas no campo de experimentos haviam deixado o local em julho, após mais de um ano de ocupação. Leia mais ao lado.Duas pessoas morreram num conflito ocorrido hoje (21) num acampamento de sem-terra do campo de experimento de soja e milho transgênicos da multinacional Syngenta Seeds, em Santa Tereza do Oeste, no Paraná. Outras ficaram feridas, algumas em estado grave.

A informação foi passada pela Via Campesina, onde militava uma das vítimas fatais, Valmir Mota. Segundo a organização, o fato ocorreu quando uma “milícia com cerca de 40 pistoleiros” atacou o acampamento, executando Mota “à queima roupa com dois tiros no peito” e deixando seis trabalhadores “gravemente feridos”.

A Polícia Civil de Cascavel confirmou os óbitos e disse que a outra vítima fatal se chama Fábio Ferreira, que seria integrante da segurança particular da empresa. Mas forneceu uma informação diferente em relação aos feridos: seriam quatro seguranças e quatro sem-terra, sendo um de cada grupo em estado grave.

A Via Campesina informa que uma integrante do movimento está em coma e corre risco de morte: Izabel Nascimento de Souza. A polícia confirma que uma mulher está em estado grave após ter levado um tiro no olho, e está na sala de cirurgia do Hospital Universitário de Cascavel – que fica a 25 quilômetros de Santa Tereza do Oeste – juntamente com um “segurança” que levou um tiro que perfurou o colete.

Os demais feridos, segundo a Via Campesina, são: Gentil Couto Viera, Jonas Gomes de Queiroz, Domingos Barretos e Hudson Cardin.

A assessoria de imprensa informou que membros do movimento não dariam entrevista hoje para evitar retaliação e porque eles estariam sendo presos na hora de prestar depoimento. Em entrevista à Agência Brasil, o investigador Miguel Zanella, da delegacia de Cascavel, confirmou as detenções, “a princípio”.

“Não sei se vão ser presos, porque o protocolo é indiciar e responder inquérito em liberdade. Mas às vezes a pessoa é presa por outros motivos, como porte de arma”, declarou o policial num primeiro momento. Depois, pediu licença para checar melhor o procedimento adotado e voltou com a informação de que não poderia dar mais informações porque um delegado de Curitiba dará uma entrevista coletiva amanhã. Mas reconheceu que “a princípio eles vão ficar detidos”.

As famílias acampadas no campo de experimentos haviam deixado o local em julho, após mais de um ano de ocupação. Leia mais ao lado.

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