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Nacional Terça-feira, 14 de Setembro de 2021, 17:51 - A | A

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Investigação

Durante CPI da Pandemia Tolentino é desmentido

O advogado e empresário Marcos Tolentino diz não ter relação com FIB Bank

Laryssa Maier
Capital News

Pedro França/Agência Senado

CPI

Tolentino negou qualquer participação no quadro societário do FIB Bank

Nesta terça-feira (14) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, ouve o advogado e empresário Marcos Tolentino da Silva, suspeito de ser sócio oculto do FIB Bank. A empresa, que não é um banco, concedeu uma garantia financeira de R$ 80,7 milhões à Precisa Medicamentos no contrato da vacina indiana Covaxin com o Ministério da Saúde. O contrato foi cancelado após denúncias de irregularidades trazidas pela CPI. Tolentino negou qualquer participação no quadro societário do FIB Bank, mas não esclareceu sua relação com a empresa.

 

“Eu ingressei como sócio da empresa de Benetti e me desliguei do quadro societário há quase 12 anos. Dessa empresa, derivaram muitos negócios e bens, empresas. Algumas dessas permaneceram de minha propriedade e outras foram para o filho de Benetti. E a empresa principal foi transferida. A empresa Pico do Juazeiro, derivada dela, tornou-se sócia da empresa FIB Bank”, disse.

 

Marcos Tolentino disse que fez parte da Benetti Prestadora de Serviços, mas que se desligou do quadro societário há 12 anos. Ele era sócio do grupo de empresas com Edson Benetti, já falecido. Segundo Tolentino, por ter imóveis, ativos e precatórios em comum com algumas empresas dessa antiga sociedade, ele possui procuração que o ligaria ao atual sócio, Ricardo Benetti.

 

De acordo com a Agência Brasil, a comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do advogado apontado como sócio oculto da empresa FIB Bank, que forneceu à Precisa Medicamentos uma garantia irregular no negócio de compra da vacina indiana Covaxin pelo Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, por Edilson Rodrigues/Agência Senado.

 

Ao responder a um questionamento do relator do colegiado, Renan Calheiros (MDB-AL), o advogado disse não existir nenhuma procuração para que ele represente a FIB Bank. Calheiros contestou a afirmação e exibiu vídeo e documentação que indicam que, em 2011, a Benetti Prestadora de Serviços passou procuração dando plenos poderes a Tolentino para representar legalmente uma empresa sócia da FIB Bank, a Pico do Juazeiro.

 

Ainda sobre a ligação de Tolentino com o FIB Bank, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou que não existe no direito brasileiro uma procuração com poderes irreversíveis e absolutos, o que “caracteriza que a pessoa passa a ser proprietária”.

 

“Várias matérias apontam que Tolentino é o verdadeiro dono da FIB Bank, sendo o sócio oculto da empresa e, por ser amigo direto do deputado Ricardo Barros, teria facilitado a emissão da carta fiança a favor do contrato da Precisa Medicamentos [para compra da Covaxin] e de outros contratos no Ministério da Saúde “, concluiu o senador Renan Calheiros.

 

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