A Polícia Federal prendeu na última quarta-feira (6), o ex-ministro do Turismo no governo Temer Henrique Eduardo Alves (PMDB-RJ) durante a “operação Manus” um desdobramento da operação Lava Jato que investiga corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Manaus.
Foto: Frankie Marcone/Futura Press
Henrique Eduardo Alves, ex- ministro do turismo no momento da prisão
Além do ex-ministro outras quatro pessoas tiveram mandados de prisão preventiva expedidos contra elas, incluindo o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que já se encontra preso em Curitiba. O grupo é suspeito de corrupção e lavagem dinheiro por participar de desvios nas obras de construção da Arena das Dunas, sede da Copa do Mundo de 2014. Ao todo as fraudes somariam R$ 77 milhões.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF) os envolvidos possuem contas no exterior e, mesmo com as investigações em curso, ocultaram mais de R$ 20 milhões em recursos desviados.
No caso de Henrique Eduardo Alves, a Procuradoria da República do Distrito Federal informou que há relatos da existência de movimentação financeira externa entre os anos de 2011 e 2015, período em que teriam ocorrido os desvios de recursos do FI-FGTS (fundo de investimento bilionário administrado pela Caixa Econômica Federal) por parte da organização criminosa.
Cerca de 80 policiais federais cumpriram 33 mandados judiciais, sendo 5 mandados de prisão preventiva, 6 mandados de condução coercitiva e 22 mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio Grande do Norte e Paraná.
O nome da operação faz referência ao provérbio latino “Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat”, que significa: uma mão esfrega a outra; uma mão lava a outra.