O julgamento do ex-goleiro Bruno Fernandes e de outras quatro pessoas envolvidos no suposto assassinato da modela Elisa Samúdio, vai para o terceiro dia nesta quarta-feira (21). A previsão é que a sentença seja anunciada entre duas ou três semanas. O julgamento acontece no Tribunal do Júri do Fórum de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.
No final da audiência realizada ontem (20) o promotor Henry Vasconcelos deixou o plenário do Júri satisfeito, segundo publicado pelo site Terra. O depoimento do presidiário detento Jailson Alves de Oliveira foi considerado excelente na acusação. "As declarações dele são extremamente relevantes em duas frentes: apontando que os acusados, Bruno e Macarrão, têm ligação direta com o narcotráfico, sobretudo na região de Ribeirão das Neves, e também conexões com traficantes do Rio de Janeiro. O depoimento de Jailson tem muita credibilidade", explicou.
Para explicar a importância do depoimento, Vasconcelos falou sobre a convivência de Jailson e Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, na penitenciária Nelson Hungria. "Ele teve convivência com Marcos Aparecido e confirmou que ouviu do Bola a afirmação de que Eliza Samudio teve seu cadáver tornado em cinzas e que elas foram despejadas em uma concentração de água, vindo, então, à frase em que Bola disse que o corpo somente seria encontrado se peixe falasse", completou.
A mãe de Elisa Samúdio, a dona de casa Sônia Fátima Moura atualmente mora em Campo Grande (MS), junto com o neto Bruninho, filho da modelo com o ex-goleiro. Sônia está em Minas Gerais acompanhando o julgamento.
O caso - A polícia acredita que Eliza tenha sido morta em junho de 2010, na região metropolitana de Belo Horizonte. O corpo nunca foi encontrado. Em fevereiro de 2010, a jovem deu à luz a um menino e alegava que o atleta era o pai da criança. O crime envolveu oito pessoas, sendo que, uma delas, o primo do ex-goleiro Sérgio Rosa Sales foi assassinado em agosto deste ano. O motivo foi dado como passional, mas suspeita-se de queima de arquivo.
Bruno e o amigo Luiz Henrique Romão – conhecido como Macarrão –, vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, responde por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Dayanne, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, são acusados por sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela.
