José Cruz/ Agência Brasil
A amamentação é capaz de reduzir em 13% a mortalidade infantil
Primeira semana do mês de agosto, semana mundial da amamentação, o Ministro da Saúde aproveitou a data para lançar a campanha anual de incentivo a amamentação.
Em 2019, o objetivo é priorizar a família, amigos, profissionais da saúde, empresários, ou seja, toda rede de apoio, em especial a mulher que está amamentando.
Mandetta informou que está projetando novos critérios junto com estados e os municípios para repasse de recursos para atenção básica, estimulando as gestantes a trabalharem o tema com a população. “O modelo atual de pagamento da Atenção Básica é feito por meio de números estáticos, ou seja, por per capita e número de equipes de Saúde da Família. Agora, queremos que o repasse seja feito, também, por indicadores. Alguns são clássicos, como a mortalidade infantil, e agora estamos colocando, como indicador, o tempo médio de amamentação nas cidades, onde as equipes de saúde estão inseridas. Assim, quanto mais o tempo médio de amamentação aumentar localmente, mais recursos poderão ser disponibilizados, para estimular cada vez mais o trabalho com foco na amamentação", explicou o ministro.
O ministro também anunciou habilitação de 39 unidade hospitalares para beneficiar e qualificar ainda mais a atenção à saúde da mãe e do bebê no país.
Segundo o Ministério da Saúde o lançamento da campanha aconteceu na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em Brasília, e teve a participação da representante da OPAS/OMS no Brasil, Socorro Gross e da representante da UNICEF, Florence Bauer. A cerimônia também contou com os depoimentos da Juíza do TJDFT, Caroline Lima, mãe, apoiadora da amamentação e responsável pelo credenciamento de quatro Salas de Apoio à Amamentação no TJDFT; e da primeira dama do Distrito Federal, Mayara Noronha, sobre sua atual experiência de amamentação e os trabalhos desenvolvidos no Governo do Distrito Federal (GDF) para a causa da saúde da criança.
O projeto existe em 131 países, com intuito de estimular práticas de atendimento humanizado às mães e bebês, e também incentivo ao parto normal.
Dados apontam que o aleitamento materno é a melhor fonte de nutrição infantil, sendo capaz de reduzir em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos. Protege a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias. Além disso, reduz o risco de a criança desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes, sobrepeso e obesidade na vida adulta.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Unicef, cerca de seis milhões de crianças são salvas a cada ano com o aumento das taxas de amamentação exclusiva até o 6º mês de vida.O Ministério da Saúde recomenda que as crianças sejam amamentadas até os dois anos ou mais.
