Uma força-tarefa no Rio Grande do Sul deflagrou nesta quarta-feira (27) operação que apura possíveis desvios de R$ 15 milhões em recursos da saúde, repassados pelos governos federal e estadual a uma organização social.
Polícia Federal, Ministério Público Estadual e Federal, Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas cumprem 129 medidas judiciais na investigação.
Os crimes apontados vão de fraude à licitação, peculato, corrupção passiva, organização criminosa, ocultação de bens, crime de responsabilidade e desobediência.
A deflagração da Operação Camilo ocorre nos municípios gaúchos de Porto Alegre e outras 11 cidades do interior, além de São Paulo e São Bernardo do Campo, na cidade do Rio de Janeiro, e em Florianópolis e São José, em Santa Catarina.
Conforme apurado pelos investigadores, o serviço de saúde de um hospital em Rio Pardo (RS) foi terceirizado para uma Organização Social, por meio de um processo de chamamento público direcionado. A instituição vencedora foi escolhida em outubro de 2017 para administrar diversas atividades.
Uma vez contratada, a organização social subcontratou empresas que servem de instrumento de execução de desvio de dinheiro público, especialmente, através do superfaturamento dos valores cobrados pelos serviços prestados e pela não execução de partes de suas obrigações contratuais, segundo o Ministério Público gaúcho.