A operação Greenfield, que investiga irregularidades em quatro dos maiores fundos de pensão do país, todos ligados a estatais foram deflagrados pela Polícia Federal nesta quarta-feira (8). Serão cumpridos cinco medidas judiciais em São Paulo e duas no Mato Grosso do Sul, com um mandado de prisão preventiva.
A suspeita é que um contrato de R$ 190 milhões entre os dois principais sócios de um dos maiores grupos empresariais investigados pela Greenfield tenha sido empregado para mascarar o suborno a um empresário concorrente para que não revelasse informações de interesse da investigação.
Segundo informações a fraude em fundos de pensão tem envolvimento de donos do Grupo J&F, que controla empresas como a Eldorado Brasil, com sede em Três Lagoas, e o frigorífico JBS, com unidades também no Estado. Os mandados cumpridos no Estado, são na cidade de Ribas do Rio Pardo e os nomes dos alvos não foram divulgados pela PF.
Os mandados foram determinados por Juiz Vallisney de Souza, titular da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal. De acordo com a Polícia Federal, a suspeita, trazida por uma testemunha à investigação, é que o contrato de fornecimento de massa florestal de eucalipto para produção de celulose seja apenas uma forma de recompensar o silêncio de um ex-sócio que poderia auxiliar a investigação.