Neste domingo (24), a Eletrobras comunicou a renuncia ao cargo de presidente da Estatal, pelo Wilson Ferreira Junior, atual presidente da empresa e membro do Conselho de Administração. Segundo a empresa afirma que a decisão foi tomada por motivos pessoais.
Ainda conforme a estatal, o presidente Ferreira Jr. segue no cargo até o dia 5 de março aguardando a indicação de seu sucessor e esperando para realizar a transição do cargo. Nesta segunda-feira (25), Ferreira Junior deve fazer um pronunciamento.
Grande defensor da privatização da empresa, Ferreira Jr está no cargo desde julho de 2016, ele foi nomeado pelo ex-presidente Michel Temer. Após a eleição de Bolsonaro, foi convidado pelo governo federal para continuar no comando da estatal.
Em 2020, o governo anunciou a intenção de privatizar nove empresas em 2021, entre as quais a da Eletrobras. A venda da estatal, porém, é um dos grandes desafios do governo Bolsonaro.
Para a pasta, a expectativa era que o projeto fosse aprovado ainda no primeiro semestre deste ano. Porém, O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou na última semana, que não haverá prejuízo se a votação pelo Congresso Nacional da privatização da companhia ficar para o segundo semestre deste ano.
Com as vendas das estatais, o governo prevê arrecadar cerca de R$ 16 bilhões com a privatização da Eletrobras, por meio de uma capitalização da companhia por meio da emissão de novas ações e envolve pagamento de outorgas à União.
Durante o governo de Michel Temer, o governo Federal falava em promover uma desestatização da Eletrobras, através de uma operação em que a empresa emitiria novas ações e diluiria a fatia governamental na companhia para uma posição minoritária. Já o governo Bolsonaro passou a adotar o termo capitalização para se referir ao processo.
De acordo com o último balanço da empresa, aponta que a Eletrobras teve lucro de R$ 95,764 milhões no terceiro trimestre de 2020, queda de 86,6% em relação ao mesmo período de 2019, quando o ganho ficou em R$ 715,872 milhões. Conforme a empresa, a justificativa da queda do lucro deu-se ao aumento das provisões por redução na geração de energia, por processos judiciais e de contratos onerosos.