O Governo Federal apresentou, nesta sexta-feira (8), o “PAC da Integração” para países parceiros da América do Sul. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, acompanhada do secretário de Articulação Institucional, João Villaverde, e a secretária de Assuntos Internacionais e Desenvolvimento, Renata Amaral, se reuniu com ministros ou representantes do Peru, Colômbia, Bolívia, Paraguai, Venezuela, Argentina, Uruguai, Chile, Equador e Guiana.
Segundo a chefe do MPO, são 12 países envolvidos no PAC da Integração, o que permite que novamente se possa falar em integração regional, mas sem perder de vista as autoridades brasileiras dos estados e cidades fronteiriças. "Quando falamos em integração regional, estamos falando em diminuir distâncias. Queremos aproximar povos. Temos em conta a integração cultural, econômica, digital. Sua implementação está aberta à construção e à colaboração”, disse Tebet.
Estavam presentes também o diretor do BNDES, Nelson Barbosa, e presidentes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn; do CAF-banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe, Sérgio Diaz-Granados; e a presidente do Fonplata, Luciana Botafogo.
No passado, BID, CAF e Fonplata tiveram papel importante como secretaria técnica dos processos de integração sul-americana, a ministra festejou a iniciativa anunciada na quinta-feira pelas quatro instituições, de aportar recursos para projetos de integração. “É um recurso considerável, estamos falando em US$10 bilhões, cerca de R$50 bilhões”, disse a ministra, destacando que esse é um dinheiro totalmente novo.
Integração
João Pedro Orban/MPO
Encontro com ministros teve a participação de diretores de quatro bancos de fomento, como BNDES e Fonplata
Tebet e o secretário de Articulação Institucional, João Villaverde, apresentaram aos participantes os resultados do trabalho do Subcomitê de Desenvolvimento e Integração Sul-Americana que, após mais de 20 encontros com outros ministérios, governos estaduais e órgãos do governo, mapeou cinco rotas de integração. No Brasil, elas são constituídas por mais de 100 obras que já estão no Novo PAC e, portanto, previstas no orçamento dos próximos anos.
“A integração é algo que praticamente se impõe a nós. A partir dessa prerrogativa, e de mais de 20 encontros, desenhamos essas cinco rotas que estão sendo propostas. Elas visam contemplar uma integração sul-americana proposta a partir do Brasil e de três eixos principais: escuta ativa, que começa com as autoridades dos onze estados brasileiros que fazem fronteira com os países vizinhos; uma curadoria feita das obras do PAC que tinham a ver com essa integração que localizaram 124 obras multifacetadas; e a garantia da manutenção do diálogo”, disse Villaverde.
“As rotas começaram de um sonho mas não são uma utopia. Com esse mapeamento, temos as informações que podem fazer esse sonho virar realidade. Estamos à disposição dos países irmãos e temos a parceria das instituições financeiras. Além disso, temos recursos novos, financiamento colocado à disposição dos países da América do Sul. Sabemos que esses países devem e podem se tornar competitivos no mundo”, completou a ministra.