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Opinião Terça-feira, 17 de Setembro de 2019, 07:00 - A | A

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Opinião

A segurança e a saúde do trabalhador no âmbito da promoção da sustentabilidade da cultura do tabaco no Brasil

Por Luiz Carlos Castanheira*

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A OMS – Organização Mundial de Saúde define saúde como: “estado de completo bem estar físico, mental e social”.

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Luiz Carlos Castanheira - Artigo

Luiz Carlos Castanheira

 

Dentro dessa linha de raciocínio, as empresas brasileiras produtoras de tabaco têm como um de seus principais objetivos desenvolver uma série de atividades no sentido de promover a sustentabilidade da cultura do tabaco no Brasil, tais como o uso de produtos fitossanitários registrados e aprovados, proibição do trabalho de menores de idade, uso de lenha de origem legal, recolhimento de embalagens vazias de produtos químicos, e a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos com a atividade.

Com respeito ao aspecto – Segurança e Saúde dos Trabalhadores – tivemos a oportunidade de realizar um amplo estudo com a preocupação de rever todas as práticas que envolvem a atividade de produção e colheita do tabaco, visando proporcionar aos agricultores condições de realizar um trabalho mais seguro, sadio e eficiente.

Desse modo, durante um ano inteiro foram estudadas as rotinas de trabalho dos agricultores, ocasião em que foram efetuadas visitas às propriedades rurais, e acompanhou o trabalho em si para se conhecer as possíveis situações de risco; foram realizadas entrevistas com os trabalhadores, para saber de suas reivindicações, que  foram registradas e levadas em consideração; reuniões com empresas fabricantes de equipamentos de proteção individual, tendo sido realizados testes com tecidos, luvas, respiradores, alterações na modelagem das roupas, etc.

A partir desse amplo estudo, foi possível aperfeiçoar e desenvolver vestimentas de proteção para a aplicação dos produtos fitossanitários (kits de EPIs), de maneira que esses equipamentos pudessem assegurar melhor eficiência nos aspectos de proteção a agentes químicos (defensivos agrícolas) e também proteção aos agentes físicos (principalmente temperatura). Foram também levados em consideração a durabilidade dos EPIs, o custo acessível e conforto para o trabalhador, sempre com a preocupação de atender a legislação vigente, em particular a NR 31 (Norma Regulamentadora nº 31, estabelecida pela Portaria nº 86, de 03/03/2005).

Ainda dentro desse estudo, a operação de colheita do tabaco foi acompanhada em diversas regiões produtoras para a realização do estudo. Foi proposto soluções para evitar a exposição do trabalhador aos alcalóides e a temperaturas elevadas. Foram desenvolvidas vestimentas de colheita e estabelecidas rotinas de trabalho que incluíam horários de colheita mais seguros, informações aos trabalhadores a respeito do problema, e a maneira correta de utilizar as vestimentas de proteção.

Assim, pode-se dizer que os trabalhadores envolvidos com a produção e colheita de tabaco possuem, nos dias atuais, equipamentos de proteção para aplicação de agrotóxicos e para a colheita desenvolvidos especificamente para atender às necessidades e às características da cultura.

Isso vem demonstrar a preocupação e a seriedade com que as empresas fumageiras encaram o problema e assegura aos agricultores produtores de tabaco a certeza de que, desde que usadas corretamente às vestimentas de proteção, terão a sua saúde e bem estar garantidos.

 

 

*Luiz Carlos Castanheira

Engenheiro agrônomo, engenheiro de segurança do trabalho e membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS)

 

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