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Opinião Quarta-feira, 11 de Março de 2020, 07:00 - A | A

Quarta-feira, 11 de Março de 2020, 07h:00 - A | A

Opinião

O Relativismo Como Um Novo Absoluto

Por Wanderson R. Monteiro*

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No mundo atual, uma grande parte de nossa sociedade é avessa a todo e qualquer tipo de padrões e absolutos, sejam esses padrões morais, sociais, culturais, éticos, estéticos, religiosos, etc...

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Wanderson R. Monteiro


Diante de tal situação, aqueles que ainda insistem em ter e seguir alguma regra de conduta e certezas, baseados em alguns desses padrões e absolutos, são constantemente instigados, confrontados, e influenciados por essas pessoas e, principalmente, pela grande mídia, a abandoná-los, e a rejeitá-los, na maioria das vezes usando o pretexto de serem “ultrapassados” e/ou “controladores”.


Como é fácil de se constatar, o relativismo se tornou o novo absoluto. A ideia de que “não há absolutos” se tornou o novo absoluto para a sociedade atual, onde cada pessoa passou a julgar tudo através da sua única e, na maioria das vezes deturpada, visão de mundo.


Tais pessoas parecem pensar que tudo deve funcionar de acordo com sua visão, de acordo com aquilo que elas mesmas estabeleceram como regras para o funcionamento do mundo e da sociedade. Seu único padrão de absoluto é a sua própria visão relativista, onde tudo deve se encaixar e funcionar de acordo com suas regras pessoais e suas vontades egoístas.


Esse relativismo, onde tudo “depende” de algo, ou de alguém, não tendo nada certo e correto em si mesmo, tem sido muitas vezes a causa principal da inversão de valores hoje tão comum e explícita em nossa sociedade.


Certos padrões são imensamente necessários para o desenvolvimento da sociedade, e tais padrões são quebrados e tripudiados pelo simples fato de muitos pensarem que têm o direito de fazerem o que quiserem, sendo obrigação das outras pessoas, e da sociedade em geral, se adaptarem a sua regra de conduta, a sua forma de absolutismo, movida, pura, e simplesmente, por sua maneira egoísta e egocêntrica de enxergar o mundo.


Essa forma de relativismo faz com que cada pessoa ande segundo suas próprias regras, de acordo com o que somente a sua consciência julga correto, o que, na grande maioria das vezes o “certo” é aquilo que a beneficia de alguma forma, ou que a faz se impor e relação a alguma coisa.

 

Uma sociedade onde cada um tem suas próprias regras, sem um padrão aceito por todos, que os tornaria realmente em uma “comunidade”, mais cedo ou mais tarde encontrará o caos como consequência inevitável da falta de integração e compreensão de seus indivíduos, que buscam fazer todas as suas vontades, infringindo leis e padrões, movidos completamente pelo hedonismo que tomou conta de nossa época.

 

 

*Wanderson R. Monteiro
(Bacharel em Teologia pelo ICP - Instituto Cristão de Pesquisas)
São Sebastião do Anta - MG

 

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