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Opinião Sábado, 16 de Novembro de 2019, 09:52 - A | A

Sábado, 16 de Novembro de 2019, 09h:52 - A | A

Opinião

Res Publica

Por Paulo Eduardo de Barros Fonseca*

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Decorridos cento e trinta anos da proclamação de República - palavra deriva do latim res publica, expressão que pode ser traduzida como assunto público -, ao invés do momento se revestir de alegria para comemorar essa data que, naquela ocasião, revelou uma maturidade coletiva propícia para mudanças sociais e políticas no país, os corações estão repletos de preocupações e de indagações acerca do futuro da nação.

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Paulo Eduardo de Barros Fonseca


Aquele ato pacífico, que foi preparado por espíritos de inteligência culta e elevada, pode-se dizer, foi uma decorrência natural das ações praticadas pela própria monarquia que desenvolveu as liberdades públicas compatíveis com a evolução do país e com a posição cultural do povo, fazendo acender nos corações o idealismo republicano, o qual, em sentido amplo, era visto como um regime que oportunizaria o desenvolvimento para o pais.

Cabe destacar que igualmente relevante, ou mais grandioso ainda, foi o posicionamento assumido pelo  Imperador Pedro II, homem sábio de conduta irreparável, cuja legitimidade era distinta do próprio regime monárquico, que nos cinquenta anos de seu governo soube desenvolver o sentimento patriótico, a liberdade, o progresso e a união do povo brasileiro, que, apesar da surpresa, acatou pacificamente aquela posição política de modo que não houvessem conturbações sociais.

Mas, decorridos cento e trinta anos nos deparamos com um ambiente conturbado, de desconfiança, pessimismo e até mesmo desesperança, devido a concentração de energias negativas emanadas de pessoas insatisfeitas pela postura assumida por representantes políticos.

No entanto, é de se refletir que este momento é propício para nos reencontrarmos plenamente com os princípios norteadores da nação brasileira, reconhecida como a pátria do Evangelho, quando cada pessoa, todo cidadão, pode e deve proclamar os princípios da tolerância e da fraternidade.

É tempo de que todo ser humano, único dotado de inteligência e que é gregário, ou seja, vive em sociedade, se mobilize em torno de questões que promovam a liberdade, a igualdade e a fraternidade, colocando em prática, indistintamente, o mandamento maior do amor ao próximo.

Independentemente de qualquer conotação, seja de ordem política ou religiosa, essa prática trará a conscientização dos direitos e deveres a que os todos estão submetidos e, certamente, propiciará a transformação do indivíduo e, como consequência, do meio em que vive, contribuindo para sua evolução moral e o aperfeiçoamento da sociedade.

Essa postura, que implica no conhecer-se melhor perante si mesmo, a sociedade e Deus, viabilizará que toda pessoa, em qualquer situação, atue dentro dos princípios basilares que visam o bem comum, respeitando a ordem social e as leis da natureza, contribuindo, assim, na transformação da sociedade em que vivemos.

Enfim, homenagear e honrar a República, por meio da cidadania consciente, implica no respeito aos princípios democráticos, o que enseja a reforma íntima, a honradez, a justiça social, a harmonia, a fraternidade, ou seja, o respeito ao próximo e a Deus.

Que cada cidadão, com a necessária tolerância e ponderação, faça a sua parte por um país mais justo e perfeito!

 

 

*Paulo Eduardo de Barros Fonseca

Presidente da APAESP – Associação dos Procuradores Autárquicos do Estado de São Paulo e Vice-Presidente da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

 

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