Condenado por extorquir um casal em R$ 6,3 milhões, utilizando ameaças com um taco de beisebol envolvido em arame farpado e armas de fogo, Jamil Name Filho, o 'Jamilzinho', teve a pena elevada para 15 anos e 4 meses, segundo decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
A decisão atende a um recurso do Ministério Público Estadual (MPMS) contra a sentença original, que condenou Jamil Filho a 12 anos e 8 meses de reclusão, além de uma multa de 142 dias e indenização de R$ 1,736 milhão para as vítimas.
A ampliação da pena foi aprovada pelos desembargadores José Ale Ahmad Netto e Jonas Hass Silva Júnior.
Omertá
Inicialmente a operação foi deflagrada para cumprimento de 13 mandados de prisão preventiva, dez de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, todos em Campo Grande. O foco era uma organização criminosa atuante na prática dos crimes de homicídio, milícia armada, corrupção ativa e passiva, dentre outros.
No entanto, na terceira fase da operação, também foram presos em Campo Grande o delegado Obara, acusado de receber R$ 100 mil em propina. Além da Capital, os policiais também estiveram na cidade de Ponta Porã. Conforme a investigação o alvo era o empresário Fahd Jamil Georges, vulgo “Fuad". Conhecido como “padrinho da fronteira”, ligado ao empresário campo-grandense Jamil Name, acusado de comandar um grupo de extermínio na Capital.