Cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, afastados na Operação Última Ratio, completaram 12 dias sem o uso das tornozeleiras eletrônicas que deveriam monitorá-los. A medida foi determinada pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), como parte das restrições impostas aos investigados.
Os desembargadores Sérgio Martins, Sideni Sonsini, Wladimir de Abreu, Alexandre Bastos e José Marco de Brito foram impedidos de exercer suas funções e estão proibidos de acessar prédios públicos e de se comunicarem com outros envolvidos na investigação. No entanto, o equipamento de monitoramento eletrônico ainda não foi instalado.
A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), responsável pela instalação das tornozeleiras, afirmou que não foi notificada para cumprir a ordem judicial, enquanto o STJ mantém sigilo sobre o caso. A Polícia Federal apura possíveis crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, extorsão e outros delitos no Judiciário do estado, em uma ação que teve apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, de 2021.