A juíza Eucelia Moreira Cassal despacho na última semana no Diário da Justiça, reconhecendo como ilícitas as provas periciais em dois aparelhos celulares contra o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PDT), acusado de crime sexual.
A análise foi realizada após casos de abuso sexual praticados pelo parlamentar, contra pelo menos sete mulheres. Segundo análise da magistrada, materiais coletados de linhas que não correspondiam às solicitados pela Justiça, foram utilizados. A defesa então, pediu que o conteúdo fosse desconsiderado.
Em dezembro de 2022, a magistrada pediu a quebra de sigilo de dados de Marquinhos Trad, após as denúncias virem à tona. Em março de 2023, a decisão foi contestada pela defesa de Marquinhos no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
Durante as análise os advogados do ex-prefeito interpuseram um recurso, porém o mesmo foi indeferido, restringindo a perícia às conversas com as vítimas em todas as redes sociais.
Em agosto do ano passado, O STJ (Superior Tribunal de Justiça) manteve o arquivamento das ações contra Marquinhos Trad, por ações de suposto assédio cometido pelo ex-prefeito. Em agosto havia sido determinado o trancamento das ações, mas o MPMS (Ministério Público Estadual) recorreu.
Entenda o caso
Marquinhos é investigado por suspeita de assédio sexual e abuso de poder, por usar as dependências da prefeitura da Capital para receber mulheres para ter relações sexuais em troca de emprego.
O caso veio à tona logo após Marquinhos lançar a candidatura ao governo do Estado. As investigações contra o ex-prefeito começaram em agosto de 2022, após acusações feitas por quatro mulheres: duas de 32 anos, outra de 31, e uma mais jovem, de 21 anos.
• Saiba mais sobre a denúncia de assédio sexual na prefeitura
Em agosto a Polícia Civil cumpriu dois mandados de busca e apreensão, na Prefeitura. Duas CPUs foram apreendidas, além de documentos. Também foi feita perícia nos possíveis locais no gabinete onde teriam ocorrido os crimes.