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Justiça Sexta-feira, 14 de Fevereiro de 2025, 09:08 - A | A

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Caso Sophia

Padrasto recorre para anular julgamento e MP busca aumento da pena dos condenados

Defesa tenta anular júri, enquanto Ministério Público pede aumento da pena dos condenados

Viviane Freitas
Capital News

Pouco mais de dois meses após a condenação dos assassinos da menina Sophia, a defesa de Christian Campoçano entrou com recurso para tentar reverter a sentença. Enquanto isso, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) também recorre, mas com o objetivo oposto: aumentar a pena dele e de Stephanie de Jesus, mãe da vítima.

Com os recursos apresentados, o caso saiu da primeira instância e agora será analisado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). A defesa de Christian ainda não detalhou os argumentos, mas busca a anulação do júri. Já a promotoria reforça provas do processo, incluindo mensagens entre os condenados que evidenciam a rotina de violência contra Sophia e seus irmãos.

Trechos das conversas mostram episódios de agressões físicas e negligência. Em uma mensagem, Stephanie questiona se Christian espancou seu filho de quatro anos, ao que ele responde que sim, descrevendo os golpes desferidos. Além disso, há registros da cabeça de Sophia sangrando um ano antes de sua morte, quando o padrasto admitiu ter lhe dado um "cascudo" para corrigi-la.

Outro aspecto levantado pelo MPMS é o comportamento de Christian, que não trabalhava, era usuário de drogas e consumia entorpecentes com Stephanie na presença das crianças. O Ministério Público também sustenta que ele estuprou Sophia, aproveitando-se do fato de ficar responsável por seus cuidados e higiene íntima.

Diante da gravidade dos crimes, a promotoria pede o aumento da pena, considerando a conduta social dos réus, suas personalidades e as consequências do crime. No julgamento realizado em dezembro, Christian foi condenado a 32 anos de prisão por homicídio qualificado e estupro de vulnerável, enquanto Stephanie recebeu 20 anos por homicídio qualificado e omissão. O caso segue agora para análise do TJMS.

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