O número de apreensões de drogas em Mato Grosso do Sul cresceu 33% entre janeiro e setembro de 2024, com 407,5 toneladas de entorpecentes retirados de circulação. Esse aumento é atribuído à atuação das forças de segurança do Estado, como o Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e a Polícia Civil, que investiram em inteligência e capacitação, além de trocas de experiências com outros estados. Em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram apreendidas 307,4 toneladas, os esforços colaboraram para um combate mais eficiente ao tráfico.
A maconha é a droga mais apreendida no Estado, somando 387,7 toneladas, seguida por skunk e cocaína, com 8,4 e 7,5 toneladas, respectivamente. A maior parte das apreensões ocorre no interior do Estado, em municípios localizados ao longo da linha e faixa de fronteira. O DOF, responsável por mais de 117 toneladas das apreensões, destaca que os cursos de policiamento especializado de fronteira contribuíram diretamente para esse aumento.
Em Campo Grande, o volume de apreensões subiu ainda mais, alcançando 92% de crescimento no mesmo período. Foram apreendidas 39,9 toneladas de drogas na capital, sendo 35,3 toneladas de maconha, 3,9 de cocaína e 555,2 quilos de pasta base de cocaína. A repressão ao tráfico tem sido intensificada com investimentos em infraestrutura e contratação de novos policiais, segundo o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira.
Apesar do aumento expressivo nas apreensões, o crescimento das prisões por tráfico foi modesto, com um aumento de apenas 4% no Estado e uma queda de 10% em Campo Grande. Isso sugere que os criminosos têm priorizado grandes carregamentos de drogas, o que exige ainda mais atenção das autoridades para desarticular essas operações.