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Polícia Sábado, 14 de Dezembro de 2024, 09:08 - A | A

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Ataque a presidência

General Braga Netto é preso pela Polícia Federal por envolvimento em golpe de estado

Netto será entregue ao Comando Militar do Leste e ficará sob custódia do Exército

Elaine Oliveira
Capital News

 

O general Walter Braga Netto, ex-ministro de Jair Bolsonaro e candidato a vice na chapa do ex-presidente em 2022 foi preso na manhã deste sábado (14). Ele é um dos alvos do inquérito da tentativa de golpe de Estado após as eleições.Os mandados de prisão preventiva, busca e apreensão foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).

Os policiais também realizam buscas na casa do militar, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Os agentes cumpriram ainda mandado de busca e apreensão na residência do coronel Peregrino, assessor de Braga Netto. Segundo as informações, Braga Netto será entregue ao Comando Militar do Leste e ficará sob a custódia do Exército.

Braga Netto será entregue ao Comando Militar do Leste e ficará sob custódia do Exército.

Em relatório enviado ao STF, no mês passado, a Polícia Federal apontou que Braga Netto teve participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e da abolição do Estado Democrático de Direito, inclusive na tentativa de obstrução da investigação. Na ocasião, a PF indiciou o militar e mais 36 acusados, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A Polícia Federal (PF) apurou ainda que uma das reuniões realizadas para tratar do plano golpista para impedir a posse e matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes foi realizada na casa do general Braga Netto, no dia 12 de novembro de 2022.

Entenda o caso
Nas investigações do inquérito do golpe, divulgadas em novembro, a polícia afirmou ter na mesa do coronel Peregrino, na sede do Partido Liberal (PL), um esboço de ações planejadas para a denominada “Operação 142”. O nome dado ao documento faz alusão ao artigo 142 da Constituição Federal que trata das Forças Armadas e que, segundo a PF, era uma possibilidade aventada pelos investigados como meio de implementar uma ruptura institucional após a derrota eleitoral do então presidente Bolsonaro. O documento encerra o texto com frase “Lula não sobe a rampa”.

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