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Justiça Sábado, 14 de Dezembro de 2024, 14:13 - A | A

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Indiciado

Tenente Portela se defende e nega envolvimento em golpe após ser indiciado pela Polícia Federal

Suplente de senadora ainda disse que segue exercendo suas funções como presidente do diretório estadual do PL

Viviane Freitas
Capital News

Aparecido Andrade Portela, conhecido como Tenente Portela, presidente estadual do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso do Sul e suplente da senadora Tereza Cristina (PP), emitiu uma nota nesta quinta-feira (12) para se defender após ser indiciado pela Polícia Federal. Ele é acusado de articular o financiamento de atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

Em sua declaração, Portela negou envolvimento nos atos e afirmou confiar na Justiça para esclarecer os fatos. “Mantenho-me tranquilo quanto aos fatos narrados e confiante de que a justiça demonstrará que não tive qualquer participação nos atos noticiados”, destacou. Ele também enfatizou não compactuar com práticas ilícitas ou antidemocráticas e reforçou que todos os fatos serão devidamente esclarecidos no processo judicial.

O presidente estadual do PL ressaltou que, apesar das acusações, segue cumprindo suas funções no partido e informou que está em viagem por motivos familiares. Portela reiterou sua disposição para colaborar com as investigações e prestar quaisquer esclarecimentos necessários às autoridades competentes.

A defesa de Portela classificou o indiciamento como injusto e manifestou confiança na Justiça. Segundo o advogado Carlos Alberto Correa Dantas, seu cliente mantém uma postura íntegra e está comprometido em cooperar com as apurações. “Nosso cliente confia que o processo judicial trará à tona a verdade dos fatos”, declarou o advogado em nota.

De acordo com informações da Agência Brasil, o indiciamento de Portela foi realizado no âmbito de um inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado. Ele foi apontado como intermediário entre o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e financiadores dos atos antidemocráticos. As investigações incluem mensagens interceptadas que indicam um planejamento codificado, no qual os atos eram descritos como “realização de um churrasco”. Com o avanço do inquérito, o número de investigados chegou a 40, incluindo figuras como o próprio ex-presidente Bolsonaro e ex-ministros de seu governo.

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