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Polícia Domingo, 25 de Agosto de 2024, 12:09 - A | A

Domingo, 25 de Agosto de 2024, 12h:09 - A | A

Dourados

Usando a ‘cura espiritual’ pastor é preso por estupro de 4 mulheres

Polícia encontrou publicações em redes sociais sobre os crimes

Elaine Oliveira
Capital News

Um pastor, de 53 anos, por violação sexual mediante fraude. Ele teria abusado de quatro membros da igreja a qual preside. O autor religioso realizava momentos de oração durante madrugadas e em montes/templo em construção e, nestes momentos, passava a falar em “línguas estranhas”, em tom alto e, então, praticava os atos libidinosos. Além disso, o indiciado também escolhia determinadas mulheres para praticar relação sexual, sob alegação de que “Deus havia determinado a passagem do varão”, que seria feita pela troca de energia vital, a qual exigia a penetração, com fins de “cura espiritual”.

A Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Dourados iniciou uma investigação a partir de denúncias que diziam que o acusado se utilizava da sua figura de líder espiritual e pastor de uma igreja em Dourados para ludibriar mulheres, frequentadoras do local e, assim, praticar atos libidinosos como beijo na boca (“selinho”), toques pelo corpo, inclusive seios e até convencer as mulheres a pratica de relação sexual.

Foram colhidas pela polícia ainda publicações em redes sociais sobre tais fatos. Informações policiais apontam que uma das vítimas consentiu as relações sexuais e outra impediu o ato enquanto o pastor tentava tirar sua blusa. As testemunhas narraram que, desde o início do ano de 2024, membros passaram a reclamar destas situações invasivas/abusivas e, inclusive, estavam deixando de frequentar a igreja por essa razão.

No dia 15 de agosto, o autor foi preso pela Guarda Municipal e encaminhado à Penitenciária Estadual de Dourados no dia seguinte. Conclusão do Inquérito Policial, ficou evidenciada a prática dos crimes, especialmente por meio de testemunhas e até por mensagem de vítima alegando ter sido assediada em um retiro. Diante disso, foi realizado o indiciamento de do homem.

A Polícia Civil informou ainda que esteve em contato com o advogado de defesa e este afirmou que o cliente não se manifestaria em fase de inquérito policial, motivo pelo qual não foi interrogado.

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