A Justiça arquivou a ação que pedia a transferência do jovem Dyonathan Celestrino, de 21 anos conhecido como Maníaco da Cruz, da 7ª delegacia de polícia para uma clínica psiquiátrica pedida pela Defensoria Pública na última sexta-feira (3). A decisão do juiz Gil Messias Fleming da 1ª Vara de Execução Penal saiu nesta segunda-feira (6).
O jovem foi transferido na sexta-feira para a Santa Casa da capital e está isolado em uma enfermaria do 5º andar. Três policiais cuidam da segurança do local.
Na decisão, o magistrado afirma que “conforme informação veiculada na mídia, Dyonathan Celestrino se encontra internado no Hospital Santa Casa de Misericórdia desde 03/05/2013, razão pela qual o presente pedido perdeu seu objeto. Ante o exposto, arquivem-se os presentes autos”, disse o juiz.
No último sábado (4), o diretor técnico da Santa Casa, Antonio Lastória, afirmou que o jovem não deu entrada no hospital como paciente psiquiátrico e que avaliações estão sendo feitas com a equipe responsável para atestar se Dhyonathan deve ser transferido para o hospital psiquiátrico da Santa Casa, localizado na avenida Mato Grosso.
O caso
A prisão de Dhionatan ocorreu no dia 26 de abril pela Polícia Nacional do Paraguai. O jovem estava trabalhando em um lava jato e foi entregue à polícia brasileira no fim da tarde do dia 29 de abril.
Os agentes da Unei Mitaí em Ponta Porã deram falta de Dhionatan na manhã do dia 4 de março. Segundo informações da Polícia Civil, a última revista de rotina aconteceu no fim da tarde do dia 3 de março.
Por motivos de segurança, o jovem ficava em uma cela isolada da Unei. Agentes teriam encontrado uma janela com sinais de arrombamento.
O adolescente foi apreendido em outubro de 2008, em Rio Brilhante. O rapaz confessou o assassinato das três pessoas depois de considerá-las “perdidas”. As vítimas eram asfixiadas e colocadas em posição de crucificação.
Entre as vítimas do “Maníaco da Cruz”, estava o pedreiro Catalino Gardena, morto no dia 24 de julho de 2008. No dia 24 de agosto foi encontrado o corpo da frentista Letícia Neves de Oliveira, de 22 anos, e no dia 3 de outubro de 2008, o corpo de Gleici Kelli Silva, de 13 anos.
O rapaz relatou que no caso das duas jovens ele fez um questionário, em que avaliou a 'pureza' das vítimas. Como ele as considerou perdidas, as duas foram assassinadas. No caso de Gardena, a morte aconteceu após tentativa de prática sexual.
Gleice Kelly da Silva, de 13 anos, foi a última vítima do “Maníaco da Cruz”. Uma garota conhecida como “Carla”, de 17 anos, foi a única vítima que escapou com vida dos ataques do jovem.