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Polícia Quarta-feira, 10 de Junho de 2020, 10:58 - A | A

Quarta-feira, 10 de Junho de 2020, 10h:58 - A | A

Luto

Assassino de policiais civis era suspeito de roubo e estava armado

Devido a lei de abuso de autoridade, Ozeias estava sem algemas e não foi revistado

Elaine Silva
Capital News

Divulgação/PCMS

policiais mortos

Coletiva aconteceu na manha desta quarta

Em esclarecimento a morte dos investigadores da Polícia Civil Antônio Marcos Roque da Silva e Jorge Silva dos Santos, nesta quarta-feira (10), a coletiva de imprensa relatou que a arma utilizada na execução era de  Ozeias Silveira de Morais, de 44 anos. Ele estava sendo conduzido como testemunha após o seu ‘parceiro see levado em cumprimendo de um mandado de prisão por violencia doméstica.

 

Os policiais lotados na Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (Derf), estavam em uma viatura descaracterizada e conduzindo o preso e Ozeias para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol, no Bairro Tiradentes Após investigação de um roubo de joias na região central. Em determinado momento Ozeias em posse de uma arma de sua propriedade realizou o disparo na nuca de ambos os policiais. Devido a Lei de Abuso de Autoridade Ozeias, não foi revistado e estavam sendo transportado sem algemas.

Divulgação

policiais mortos

Ozéias Silveiras Morais, de 44 anos

 

Ozeias cometeu o crime quando a viatura descaracterizada parou em um semafaro na Rua Joaquim Murtinho, no cruzamento com a Rua Bahia, bairro Itanhangá Park. Após execução dos policiais o autor fugiu, oportunidade em que abordou um veículo marca Honda, modelo H-RV, placas QAS-5509, fazendo a motorista de refém e com que a mesma dirigisse o veículo, sempre mostrando a arma de fogo. 

 

Autor fugiu pela Rua Rodolfo José Pinho, adentrando na Avenida Eduardo Elias Zahran até o cemitério Santo Antônio, quando se dirigiu pela via lateral do Parque de Exposições de Exposições Laucídio Coelho, adentrando na Rua das Primaveras e abandonando a vítima e o veículo próximo ao Supermercado Pires. Logo depois ele embarcou em táxi o qual não foi identificado pela vítima, sabendo apenas informar que o sentido tomado foi a esquerda no sentido a Avenida Manoel da Costa Lima.

 

Diversas equipes da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Guarda Municipal, iniciaram as buscas logo após o ocorrido, adentrando a madrugada quando, por volta das por volta das 4h30 desta quarta-feira (10), o autor foi localizado na Rua Carmoquim, bairro Santa Emília, momento em que o mesmo acabou por sacar sua arma de fogo e apontando para os policias ali presentes, veio a ser alvejado por três disparos, sendo socorrido a Santa Casa, onde veio a óbito. 

 

A perícia técnica foi até o local e todas as testemunhas foram levadas ao GARRAS, onde foram colhidos seus respectivos depoimentos, restando apreendido um simulacro de pistola, bem como o revólver calibre 38, oxidado, marca TAURUS, número aparente NF35762, bem como a pochete de cor preta que o suspeito trajava no momento do crime perpetrado contra os policiais da DERF. 

 

Divulgação

Policiais Mortos

Antônio e Jorge

Cena do crime 

O investigador Marcos, que estava no lado do passageiro, foi encontrado caído ao solo em decúbito dorsal, do lado direito do veículo. A equipe da perícia técnica não notou marcas de disparos no veículo.

 

Com relação aos corpos dos investigadores, foi possível verificar que a vítima Jorge, ora motorista, apresentava marca de ferimento por disparo de arma de fogo, na região posterior da cabeça, lado esquerdo e que o mesmo portava em sua cintura 1 arma de fogo, marca Taurus, modelo PT 24/7, calibre .40, devidamente municiada e travada, e sobre o banco dianteiro do carona, estava uma outra arma de fogo, do tipo pistola, marca Taurus, modelo PT 24/7, calibre .40, devidamente municiado a travada, possivelmente que estava de posse da vítima Marcos, o qual havia sido retirado do banco do carona e seu corpo estava no solo, apresentando um ferimento por disparo de arma de fogo na têmpora do lado esquerdo.

 

Após os primeiros levantamentos, as armas e munições recolhidas no local, foram devidamente recolhidas e acondicionadas nas embalagens periciais, ficando na custódia e responsabilidade da perícia.

 

Inquérito 

Caso foi registrado como Homicídio qualificado; Homicídio agravado; Roubo majorado pela restrição de liberdade da vítima; Roubo majorado se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo e Homicídio decorrente de oposição a intervenção policial. 

 

Participaram da coletiva o Delegado-Geral da Polícia Civil,  Marcelo Vargas Lopes,o Delegado-Geral Adjunto, Adriano Garcia Geraldo, o Coronel PM Ary Carlos Barbosa , secretário adjunto da SEJUSP, o delegado aposentado André Matsushita Gonçalves, chefe de gabinete da SEJUSP e out delegados que participaram da investigação sobre o assassinato dos investigadores da Polícia Civil Antônio Marcos Roque da Silva e Jorge Silva dos Santos. 

 

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