Alberto Aparecido Roberto Nogueira, mais conhecido como Betão, será ouvido nesta tarde na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande no processo em que confira como vítima de tentativa de homicídio cometida pelo hoje policial militar da reserva Hudman Ortiz, 46 anos. Pelo menos outras 15 testemunhas já fora ouvidas pela Justiça neste caso.
O crime ocorreu em julho de 2003. Betão seguia com sua caminhonete pela Rua Ouro Verde, no Bairro Jockei Clube, quando foi abordado por Hudman e o irmão deste, Hudson. Os dois passaram a atirar contra o servidor, que revidou e acabou matando Hudson no local.
Hudman foi atingido e ficou paralítico. Betão foi indiciado e levado a júri popular pelos crimes e foi absolvido. Na época, o juiz entendeu que Hudman deveria ser investigado pela tentativa de homicídio. “Consegui reverter à situação do Betão de acusado para vítima. O juiz entendeu que ele agiu em legítima defesa e decidiu pela abertura de inquérito policial para investigar o Hudman”, finaliza o advogado do ex-servidor público, José Aparecido Roberto Rodrigues.
Betão cumpre pena no Presídio Federal de Campo Grande. Ele é apontado pela justiça como um dos envolvidos no assassinato de um empresário e um geólogo, crimes ocorridos no interior de São Paulo. Ele aguarda o julgamento de um habeas corpus impetrado pela sua defesa para responder em liberdade.
