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Polícia Quarta-feira, 07 de Dezembro de 2011, 16:46 - A | A

Quarta-feira, 07 de Dezembro de 2011, 16h:46 - A | A

Briga faz homem matar irmão a tiro em bairro de CG

Marcelo Eduardo - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Wilson Ávalos Nunes, 23 anos, é o assassino confesso do próprio irmão, Jefferson Nunes, 35. Ele foi apresentado na 2ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, no bairro Monte Castelo, mas contribuiu com as investigações e se apresentou espontaneamente.

O fratricídio foi cometido em 20 de novembro, no bairro Jardim Fluminense, região norte da cidade. Wilson desferiu tiro de revólver calibre 32 no irmão.

Segundo o delegado Weber Luciano de Medeiros, Jefferson possui várias passagens pela Polícia e era conhecido por crimes na região norte da cidade. Segundo Wilson, ele era viciado em drogas e agredia verbalmente os pais.

Mesmo os desaforos aos pais causarem “muita mágoa” em toda a família que “já não sabia o que fazer para ajudar Jefferson”, Wilson diz que não havia motivo para matá-lo. “Eu estava em uma festa e cheguei perto do meu irmão fazendo barulho com a moto. Na hora, estava escuro, nem deu para ver que era meu irmão. Ele tacou uma pedra em mim e eu fui tirar satisfação. Logo depois, ele veio com um pedaço de pau para cima de mim. Eu estava embriagado e ele também tinha bebido. Fui em casa, peguei a arma. Aí, nós começamos a nos desentender e eu atirei. Não tinha intenção de matar meu irmão. Ninguém tem direito de tirar a vida de uma pessoa. E era meu irmão. Você acha que eu ia querer matar meu irmão? Jamais.”

Wilson diz que mesmo com as ofensas desferidas à família e os transtornos que Jefferson causava, “não tinha raiva dele”. “Fica aquela mágoa de ver seus pais serem agredidos, verbalmente. Mas, jamais teria raiva do meu irmão. Não fiquei revoltado com ele. Não havia revolta.”

A arma, segundo Wilson, era do pai, que morrera há cerca de dois meses. Segundo ele, servia como defesa da casa. “É que na comunidade em que eu mora tem muitos ladrões. Então, era só para dar susto. Foi algo que quis fazer com meu irmão também. Não percebi na hora, estava embriagado e atirei nele.”

Conforme o delegado, Wilson contribui com as investigações, confessou o crime, entregou a arma e se apresentou de forma espontânea. Contra ele, já pesa uma tentativa de homicídio, pela qual responde em liberdade.

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