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Polícia Sábado, 11 de Julho de 2015, 10:46 - A | A

Sábado, 11 de Julho de 2015, 10h:46 - A | A

Operação Lama Asfáltica

CGU investiga “supervalores” de obra em avenida que custou 4,7 milhões a mais

Taciane Peres
Capital News

A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou durante investigações da Operação Lama Asfáltica realizada na última quinta-feira (9) que os valores previstos na planilha de orçamento  da construção da avenida Lúdio Martins Coelho, em Campo Grande, teve um valor estimado em quase 40% mais caro que valor da concorrência com custo de R$ 4,7 milhões.

 

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Polícia Federal cumpre 19 mandados de busca e apreensão em operação que prevê 11 milhões em prejuízos aos cofres públicos

 

As investigações de contratos de obras fazem parte da segunda fase da Operação Lama Asfáltica deflagrada esta semana e depois de análise da força-tarefa da Controladoria-Geral da União pode acionar as construtoras para receber de volta o dinheiro que foi pago pelas obras.


Para a construção da obra foram liberados R$ 16 milhões de reais, onde o CGU encontrou quase R$ 5 milhões em prejuízos com pagamentos por serviços na avenida na faixa de R$ 482.170. As investigações, foram iniciadas em 2013 e apontaram para a existência de um grupo que, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros, superfaturam obras contratadas com a Administração Pública, mediante a prática de corrupção de servidores públicos e fraudes a licitações, ocasionando desvios de recursos públicos.

 

Foram identificadas vultuosas doações de campanhas à candidatura de um dos principais envolvidos. Fiscalizações realizadas pela CGU e perícias efetuadas pela PF comprovam a existência de diversas irregularidades em obras executadas por empresas do grupo, através de fraudes na execução dos contratos. Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e quatro ordens de afastamentos de servidores estaduais, expedidas pela 5a Vara Federal de Campo Grande. Tais mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em um órgão público estadual, empresas que possuem contratos com o poder público e em residências dos envolvidos.

De acordo com a assessoria da Polícia Federal os dados da operação serão repassados após a finalização dos trabalhos de investigação. A operação conta com 80 policiais federais que tem como objetivo desmantelar organizações criminosas que desviam dinheiro público por meio de fraudes com licitações em serviços como pavimentação de rodovias, construção de vias públicas, limpeza urbana e coleta de lixo.

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