Divulgação/Conselho Tutelar
Objetos encontrados em casa de acusados indicam que menino pode ter sido alvo de magia negra
Continua em estado crítico, na manhã desta quarta-feira (24), na Santa Casa da Capital, o menino S.F.S., de 4 anos, levado na tarde desta terça-feira àquela unidade e que supostamente, segundo a polícia, foi alvo de rituais de magia negra – a polícia investiga essa possibilidade.
Boletim médico divulgado pela assessoria de imprensa do hospital nesta manhã indica que a criança está consciente, embora se encontre na sala de emergência do pronto-socorro da pediatria. No local, segundo o boletim, a criança é submetida a “procedimento de drenagem cirúrgica na orelha esquerda”.
A criança chegou ao hospital às 16h50 de ontem, levada por assistentes sociais, com inúmeros ferimentos pelo corpo. Os médicos constataram queimaduras no rosto e face, ferimentos nos olhos e hematomas variados especialmente na região lombar.
Na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, onde o caso foi registrado, constatou-se que a criança apresentava sinais de tortura. Por conta disso, a delegada plantonista, Priscilla Anuda Quarti, mandou apurar a possibilidade de o menino ter sido usado em um provável ritual de magia negra.
Dois homens, de 46 e 18 anos e que seriam, respectivamente, tio e sobrinho, seriam os suspeitos da violência contra a criança. Os dois e mais uma mulher, tia do menino juntamente com o homem mais velho, foram presos, segundo a polícia.
Na Santa Casa, os atendentes verificaram que uma das orelhas da criança estava deformada, provavelmente em decorrência das agressões. O menino também aparentava problemas de visão, igualmente em razão. possivelmente, da violência de que teria sido vítima. Também constatou-se que algumas unhas dos pés da criança teriam sido extraídas.
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Corpo de criança apresenta inúmeros ferimentos que exigirão vários procedimentos cirúrgicos
Pais desaparecidos
Numa verificação dos parentescos da criança, constatou-se que o menino morava com o casal preso. A polícia também levantou que o menino chegou a ficar sob a guarda dos avós, mas posteriormente a Justiça determinou a internação dele em um abrigo. Do abrigo, então, a criança seguiu para a casa dos tios acusados das agressões. A Dpac não tem informações do paradeiro dos pais da criança.
A delegacia passou a investigar o caso depois que assistentes sociais que estiveram na casa da criança verificaram as agressões no corpo do menino. Tão logo a criança chegou à Santa Casa, então, a polícia foi acionada.