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Polícia Quarta-feira, 30 de Setembro de 2020, 12:32 - A | A

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Fraudes

Governador de SC é alvo de operação da PF e MPF

Agentes apreenderam vários documentos na casa do investigado

Elaine Silva
Capital News

Divulgação/PF

Polícia Federal deflagra operação em presídios contra PCC

Operação foi deflagrada nesta quarta

 

Em uma operação deflagrada nesta quarta-feira (30), os Policiais federais e representantes do Ministério Público Federal (MPF), apreenderam diversos documentos na Casa D´Agronômica, residência oficial do governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), em Florianópolis. Entre os alvos da chamada Operação Pleumon, além de Moisés, estão ex-membros do primeiro escalão da equipe de governo. Caso tramita em segredo de Justiça.

 

O mandado judicial de busca e apreensão foi expedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), a pedido do MPF. Segundo a PF, os investigados são suspeitos de envolvimento em irregularidades na compra de 200 respiradores artificiais. Os aparelhos foram adquiridos em março deste ano, em meio à pandemia da covid-19, por R$ 33 milhões, mas não foram entregues pela empresa Veigamed. Parte do valor pago foi recuperado após a atuação de órgãos de controle e investigação.

 

O cumprimento dos cinco mandados judiciais foi autorizado pelo ministro Benedito Gonçalves, do STJ. Conforme a Agência Brasil, ao pedir que o STJ autorizasse a PF e a procuradoria da República a realizar buscas em endereços oficiais, a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirmou que as buscas e a apreensão de provas eram necessárias para aprofundar as investigações e para verificar se a ordem de pagamento antecipado partiu do governador Carlos Moisés.

 

"Tais delitos comprometem a higidez e a credibilidade do governo do estado de Santa Catarina e põem em risco a saúde e a vida de toda a população catarinense, acometida dos males decorrentes da covid-19", explicou. "Além do mais, não se está a tratar de caso relacionado a criminalidade corriqueira, mas sim de fatos praticados em contexto de suposta criminalidade organizada, sofisticada e estruturada com os mais altos aparatos de poder, contando com a articulação de agentes com poder econômico, elevado conhecimento jurídico, forte influência política e, inclusive, a autoridade máxima do Poder Executivo catarinense", sustentou a subprocuradora.

 

Os servidores públicos também recolheram documentos e equipamentos no Centro Administrativo do governo estadual. No total, estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. 

 

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