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Polícia Sábado, 17 de Novembro de 2007, 11:34 - A | A

Sábado, 17 de Novembro de 2007, 11h:34 - A | A

Identificado suspeito de furtar laptop da PM

Terra

Impressões digitais e imagens captadas por circuito interno de TV permitiram que a 14ª Delegacia de Polícia (Leblon) identificasse Devair Silva de Souza, 22 anos, como o responsável pelo furto do laptop (computador portátil) do capitão Vitor Valle, ajudante de ordens do comandante-geral da PM, coronel Ubiratan Angelo.
O aparelho continha informações sigilosas da corporação, como endereços e telefones de oficiais, que foram parar nas mãos de traficantes da Favela da Rocinha, em São Conrado, onde morava Devair. O fato é negado pelo setor de Relações-públicas da PM.

De acordo com investigadores, Devair entrou pela varanda do apartamento, que dá para mata, no Alto Leblon. Na ação, ele arrombou uma das portas. Além do laptop, foram levados cordão masculino de 40 gramas de ouro, avaliado em cerca de R$ 1,9 mil, outras jóias, camisa do Boca Juniors, um iPod e R$ 600 em espécie.

Na ocasião, dia 17 de outubro, só o apartamento do militar foi furtado e Devair saiu pela porta da frente do prédio. Desde então, policiais do 23º BPM (Leblon) fizeram três operações na Rocinha para tentar reaver pelo menos o laptop. Agentes da 14ª DP também foram à favela para prender Devair.

Acusado de três roubos a residências - um no Recreio e dois na Barra da Tijuca -, Devair responde ainda por uso de documento falso. Em 7 de julho, foi preso por agentes da 52ª DP (Nova Iguaçu), Baixada Fluminense, mas passou cinco dias na cadeia, como determinava a prisão temporária.

Mandado de prisão


Há duas semanas, agentes da 14ª DP encaminharam o pedido de prisão preventiva ao Ministério Público. Eles aguardam decisão da Justiça sobre o caso. Porém, há mandado de prisão contra Devair expedido pela 29ª Vara Criminal da capital desde 16 de outubro, 24 horas antes de o criminoso invadir o apartamento do capitão.

O furto mobilizou o alto comando da PM. Para muitos oficiais, reaver o aparelho - embora fosse de uso pessoal do capitão - é questão de honra.

Em março, furto no QG

Há duas semanas, agentes da 14ª DP encaminharam o pedido de prisão preventiva ao Ministério Público. Eles aguardam decisão da Justiça sobre o caso. Porém, há mandado de prisão contra Devair expedido pela 29ª Vara Criminal da capital desde 16 de outubro, 24 horas antes de o criminoso invadir o apartamento do capitão. O furto mobilizou o alto comando da PM. Para muitos oficiais, reaver o aparelho - embora fosse de uso pessoal do capitão - é questão de honra.


Quem chega ao gabinete do comandante-geral da PM, coronel Ubiratan Angelo, depara-se com cadeado eletrônico na porta que dá acesso à sala. A partir dali, a entrada depende de senha personalizada. A medida foi adotada depois que, em março, desapareceu outro laptop, usado por um ajudante-de-ordens e contendo informações sobre compromissos do comandante-geral e telefones de comandantes da PM. No mesmo roubo, foi levado um palmtop, que também pertenceria a um ajudante-de-ordens.

Na ocasião, o episódio foi negado pela cúpula da corporação, que alegou "envio para o conserto". No entanto, na época, foi aberto um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o caso. Dois policiais foram presos administrativamente por quatro horas, naquela época.

Houve outros furtos. Em 16 de fevereiro, sexta-feira de Carnaval, vários documentos foram levados da Diretoria Geral de Pessoal (DGP).

O serviço de relações-públicas da PM informa que não vai se pronunciar sobre os furtos de março, do laptop e de fevereiro, dos documentos da DGP

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