O adolescente de 16 anos que ficou conhecido como "maníaco da cruz" vai ser ouvido nos próximos dias sobre um caso investigado em São Paulo. No ano passado, no interior do Estado, um rapaz foi encontrado morto em posição de Cristo crucificado, da mesma maneira como as três vítimas do assasino em Rio Brilhante foram encontradas. As investigações preliminares não apontam indícios de que o menor esteja envolvido.
Uma outra novidade do caso é com relação ao laudo médico sobre a capacidade mental do adolescnte. O resultado definitivo aponta que não há qualquer tipo de transtorno mental ou psicológico. “Esse laudo não apresenta fator psicológico, esse adolescente não é um louco”, afirma a delegada responsável pelo caso, Maria de Lourdes.
O maníaco da cruz, como ficou conhecido, foi levado há quase um mês para a Unei de Ponta Porã. Com apenas 16 anos, o adolescente confessou à polícia os três assassinatos na cidade, que fica a 140 quilômetros de Campo Grande.
O corpo da última vítima, uma garota de 13 anos, foi encontrado no início de outubro. Em agosto, Letícia Neves de Oliveira, de 22 anos, apareceu morta no cemitério de Rio Brilhante também em posição de cruz. O primeiro caso aconteceu em julho. O pedreiro Catalino Cardena, de 33 anos, foi esfaqueado e estava com os braços abertos e os pés sobrepostos. O assassino ainda escreveu em sangue no peito da vítima as letras “Inri”, como na placa ao alto da cruz de Cristo.
De acordo com a delegada, o juiz já deu uma sentença para o adolescente. Ele vai ficar internado em uma Unei por tempo indeterminado. A situação dele será reavaliada a cada seis meses.
“Muito cedo para se dizer se ele está preparado para ir às ruas. Tudo pode acontecer, ele pode ser morto ou matar novamente”, afirma a delegada.
