Acusada de se passar por sargento do Exército e oferecer facilidades para um suposto ingresso na carreira militar, Alzira de Jesus Araújo, foi presa em flagrante pelo Grupo de Operações e Investigações da Polícia Civil (GOI), na última quarta-feira (26).As investigações duraram cerca de três meses.
Alzira usava o nome de um suposto tenente do Exército, que não existia, e oferecia três vagas, porém ingressar era necessário passar um valor em dinheiro para o pagamento de Guias de Recolhimento da União (GRU), que também eram falsas.
Conforme os policiais ainda não é possível precisar o valor arrecadado pela acusada com os golpes e nem o número de vítimas. Alzira cobrava entre R$ 15 e R$ 30 mil de cada pessoa. Até agora cinco delas foram identificadas e compareceram à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitária (Depac) do Piratininga para prestar depoimento.
A filha de 22 anos de Alzira também caiu no golpe. A vítima pagou à mãe R$ 3 mil mediante a promessa de ingresso no quadro de sargentos do Exército e chegou a ser levada por ela em uma loja de artigos militares para escolher a farda que usaria quando da posse. O que fez também com algumas das vítimas, quando era pressionada a agilizar a chamada para o ingresso ou quando queria mais dinheiro.
Para dar credibilidade às falsas promessas e conseguir tirar dinheiro das vítimas, Alzira além de se apresentar como sargento do Exército, andava fardada e estampava fotos como militar em redes sociais. Na casa dela os policiais do GOI apreenderam botons, coturnos e diversas fardas do Exército.
O caso foi descoberto após a Polícia Civil receber denúncias de que uma pessoa de fora da instituição e não capacitada ou autorizada, estava falando sobre concursos militares em nome do Exército e cobrando de potenciais candidatos, para facilitar o ingresso. O delegado Guilherme Rocha responsável pelo caso pede que quem tenha repassado valores à acusada mediante promessa de facilidade de ingresso nas forças armadas, procure a Depac Piratininga para comunicar o fato, levando provas como comprovantes de pagamento, fardas ou conversas em aplicativos.