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Polícia Segunda-feira, 06 de Julho de 2009, 11:36 - A | A

Segunda-feira, 06 de Julho de 2009, 11h:36 - A | A

Operação Cupim: MPE denuncia 14

Marcelo Eduardo - Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), vinculado ao MPE (Ministério Público Estadual), denunciou 14 envolvidos no esquema de sonegação fiscal nos processos de retirada e transporte de madeira. As investigações fazem parte da Operação Cupim, que desmantelou a quadrilha em 11 de maio.

Conforme a assessoria do MPE, Karine Zanotto, esposa do empresário que liderava o esquema de sonegação, foi arrolada como testemunha no caso, pois não havia elementos suficientes da participação dela nas negociatas.

Francisco José de Souza, auxiliar do ex-funcionário da empresa que prestava serviços ao Posto Fiscal Tributário de Sonora, Cival Pereira dos Santos, não foi denunciado, ainda conforme o MPE.

Os demais denunciados são: Julio Alberto Pereira Pinto, Cival Pereira dos Santos, Maurício Fernandes Bueno Filho, Nilton José Baraúna, Maurício de Souza Lima, Jorge Barbieri Figueiredo, Jair Aparecido Dias, Aridalton José de Sousa, Cláudio Aparecido Pereira Pinto, Eva Santos Gonçalves, Demilson de Santi, Cláudio Goliczeski, Hélio Della Vedova de Araújo e José Miguel Milet Freitas.

Cupim

A Operação Cupim contou com apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), da Sefaz (Secretaria de Estado da Fazenda) e da Deco (Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado). Foram cumpridos 22 mandatos de busca e apreensão de documentos. Foram apreendidos R$ 6,8 mil em dinheiro e doze armas. O esquema funcionava levando madeira retirada das florestas do Mato Grosso para o mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.

O empresário Júlio Alberto Pereira Pinto, 31 anos, era o líder da quadrilha, segundo o Gaeco. Ele reside em Sinop (MT) e coordena as empresas dele Silver Line Transporte e Logística Ltda e J.A. Pinto Transporte Ltda, ambas com sede no endereço residencial dele.

A operação teve início na primeira quinzena de março, logo após a prisão do funcionário terceirizado do Posto de Jupiá de Três Lagoas (cidade distante 334 quilômetros a leste da Capital) , Sebastião Mota de Oliveira Filho, que negociava a liberação da passagem de cargas no local. Segundo o MPE, ele teria dado o nome do empresário como mandante de toda organização.

Os funcionários responsáveis pela fiscalização faziam “vistas grossas” para as documentações irregulares, segundo a PR F. As notas fiscais apresentavam carimbos falsos da Receita Federal, conforme o MPE. Não havia emissão de guias para as carretas das empresas de Júlio.

O MPE ainda informa que “uma multa por embaraço fiscal, ou seja, deixar de submeter aos trâmites legais tributários pode custar R$ 2.119,50, no entanto, não apresentar Nota Fiscal, gerando assim um novo documento fiscal pode resultar em uma multa equivalente ao valor de R$ 7.089,64.”
“Com a prisão de Sebastião, o empresário teve que mudar a rota dos veículos”, finaliza o MPE.(Com informações do MPE)

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