O delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Marcelo Vargas confirmou durante a coletiva de imprensa nesta terça-feira (14) que a Operação Omertà, vai ter desdobramento. “Operação teve resultado positivo e agora deve ter desdobramentos para 2020”, relatou o delegado.
Outras ações destacada pelo delegado-geral, foram: o esclarecimento da tentativa de roubo ao carro forte na fronteira, prisão da quadrilha que tentou roubar a central do Banco do Brasil, ambas que devem ter desdobramentos com mais prisões nos próximos dias conforme Vargas.
Segundo Vargas houve uma grande diminuição nos casos de homicídios no Estado. Conforme os dados foram 561 casos em 2015 e, quatro anos depois, houve uma diminuição de 152 casos. Essa queda se deve a um trabalho conjunto das forças de segurança. Em 2019 foram registradas 238 mil ocorrências e 60% dos casos de homicídio foram esclarecidos, sendo que o número deve chegar a pelo menos 70% até junho, acredita o delegado.
Seguindo as recomendações da Organização das Nações Unidas ( ONU) de 10 homicídios para 100 mil habitantes, sendo que Campo Grande registrou 8,6 casos para o mesmo número de habitantes no ano passado.
“De todas as cidades do Estado, 17 cidades não foi registrado nenhum homicídio”, relatou Vargas. Que ainda complementou que duas pessoas são presas por hora no Estado, sendo um número superior à massa carcerária, atualmente compreendendo 20 mil presos, já que detidos em flagrantes podem ser postos em liberdade nas audiências de custódia.
Omertà
Operação envolvendo o arsenal apreendidos com um guarda municipal, acabou com a prisão preventiva do empresário Jamil Name e o filho dele Jamil Name Filho, nesta sexta-feira (27). Os dois foram detidos durante a Operação Omertà, que envolve o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Garras), Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e o Batalhão de Choque da Polícia Militar.
A operação foi deflagrada para cumprimento de 13 mandados de prisão preventiva, dez de prisão temporária e 21 mandados e de busca e apreensão, todos em Campo Grande. O foco é uma organização criminosa atuante na prática dos crimes de homicídio, milícia armada, corrupção ativa e passiva, dentre outros.
Jamil Name foi transferido para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, em outubro do ano passado e desde, então, tenta retornar para a Capital.
Túnel do Banco do Brasil
Em dezembro, uma quadrilha construíu um túnel na intenção de assaltar uma agência do Banco do Brasil na Capital. Segundo informações do Delegacia Especializada Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras), após a ação de agentes para evitar o crime, sete bandidos foram presos e outros dois morreram durante o confronto.
Conforme o delegado responsável pela operação, João Paulo Sartori, o túnel com aproximadamente 70 metros, já estava próximo ao cofre. Os envolvidos na ação, trabalharam cerca de seis meses no ponto comercial alugado. O imóvel foi alugado utilizando documentos falsos, assim como, para ligação de água e luz. "Por semana eles gastavam R$ 21 mil para se manter", disse o agente.
Ainda segundo as informações fornecidas por Sartori, a quadrilha era bem estruturada e estava na reta final do crime, tanto que antes da ação do Garras, eles jogaram cal nas paredes para apagar vestígios. Um dos presos na ação é um empresário da cidade de Cuiabá, capital do Mato Grosso. Cerca de nove pessoas estavam envolvidas no roubo ao banco, o caso aconteceu no bairro Monte Castelo, em Campo Grande.
Carro Forte
A Polícia achou o esconderijo de quadrilha que atacou carro-forte, na última segunda-feira (2), houve confronto e quatro morreram e um foi preso. Caso aconteceu nesta quarta-feira (4) em chácara localizada entre as cidades de Aral Moreira e Coronel Sapucaia.
Ação foi realizada pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), Departamento de Operações de Fronteira (DOF), Polícia Militar e a Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras). Entre os integrantes da quadrilha está José Francisco Lumes, vulgo “Zé de Lessa”, um dos assaltantes de bancos mais procurados do Nordeste. Ele era líder Bonde do Maluco, conhecido como BDM, considerada pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia, a facção mais truculenta do estado.