Para proteger as crianças de adolescentes contra crimes de pedofilia no Mato Grosso do Sul, o trabalho de investigação da Polícia Civil, tem como principal aliado a tecnologia.
Os investigadores que atuam no Núcleo de Inteligência Policial (NIP) da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), em Campo Grande, conseguem identificar e prender os criminosos que usam inteligência artificial e internet para cometer delitos. O trabalho é feito em parceria com forças policiais de todo o Brasil e também do exterior.
“Conseguimos identificar criminosos no Estado inteiro, onde há compartilhamento e armazenamento de material pornográfico infantil. A partir daí é feita busca e apreensão do material tecnológico e com os programas que temos, verificamos e produzimos provas. A DEPCA faz parte de uma coalizão em defesa da criança e do adolescente, para proteção contra crimes cibernéticos, assim como o FBI (Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos da América), temos muito apoio de fora do País”, disse a delegada Anne Karine Trevisan.
A investigação realizada pelo NIP identifica vários crimes ocorridos na internet como o tráfego de material de pornografia infanto-juvenil e a identificação de quem está compartilhando, arquivando e aprendendo.
"Na DEPCA, dispomos de tecnologia a favor da investigação, utilizando ferramentas cibernéticas no combate à exploração sexual infantil. Estamos sempre trabalhando para aprimorar nossas técnicas, capacitar nossos policiais e garantir que os responsáveis por esses crimes sejam punidos. Não medimos esforços para proteger nossas crianças e adolescentes contra esse tipo de violência”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel.
“É importante que os pais tenham conhecimento sobre o que o filho acessa, jogos. Inclusive o ‘deep fake’ acontece nestes ambientes, de jogos e redes sociais. A criança ou adolescente acaba criando uma conexão com outros jogadores e acredita que são todos da mesma idade. Alguns jogos possibilitam troca de moedas, e às vezes a criança pode estar sendo extorquida para fazer fotos íntimas em troca dessas moedas. Depois da pandemia os pais deixaram de ser substituídos pela internet. E se o acesso não é monitorado, o risco é muito grande”, pontuou a delegada Anne Karine.
A sensação de alerta para os diferentes tipos de crime que podem ocorrer com o uso das tecnologias. “Existem diversos aplicativos para inúmeras coisas, mas quando é utilizado para aliciamento sexual de crianças e adolescentes, atitudes de 'grooming', é crime. Assim como armazenar qualquer material, de nudez ou sexo de crianças e adolescentes, e compartilhar, produzir, exibir”.