Desde que a fuga de Dhionatan Celestrino, de 20 anos, no dia 3 de março, a Polícia Civil de Dourados já recebeu cerca de 20 denúncias do suposto paradeiro do Maníaco da Cruz. O jovem fugiu da Unidade Educacional de Internação (Unei) de Ponta Porã e até a polícia paraguaia já foi acionada para auxiliar nas buscas.
Segundo o titular da 1ª delegacia de polícia de Dourados, Lupércio Degerone, a última denúncia chegou à polícia na noite desta terça-feira (12).
“Chegou a informação de que ele estaria em uma região da cidade e nós fomos até lá. Fizemos diligências e verificamos que a denúncia não procedia”, afirmou o delegado.
Conforme Lupércio, assim que as denúncias chegam até o setor de investigação da delegacia, as equipes são mobilizadas para encontrar Dhionatan.
O delegado regional de Dourados, Antônio Carlos Videira, afirmou que além de denúncias de que o maníaco estaria na cidade, pessoas já entraram em contato com a polícia de cidades próximas.
“Nenhuma das denúncias tem fundamento, continuamos nos trabalhos para encontrá-lo”, afirmou Videira.
Fuga
Os agentes da Unei de Ponta Porã deram falta de Dhionatan na manhã do domingo (3). Segundo informações da Polícia Civil, a última revista de rotina aconteceu no fim da tarde do sábado (2).
Por motivos de segurança, o jovem ficava em uma cela isolada da Unei. Agentes teriam encontrado uma janela com sinais de arrombamento.
O caso
O adolescente foi apreendido no dia 10 de outubro de 2008, em Rio Brilhante. O rapaz confessou o assassinato das três pessoas depois de considerá-las “perdidas”. As vítimas eram asfixiadas e colocadas em posição de crucificação.
Entre as vítimas do “Maníaco da Cruz”, estava o pedreiro Catalino Gardena, morto no dia 24 de julho de 2008. No dia 24 de agosto foi encontrado o corpo da frentista Letícia Neves de Oliveira, de 22 anos, e no dia 3 de outubro de 2008, o corpo de Gleici Kelli Silva, de 13 anos.
O rapaz relatou que no caso das duas jovens ele fez um questionário, em que avaliou a 'pureza' das vítimas. Como ele as considerou perdidas, as duas foram assassinadas. No caso de Gardena, a morte aconteceu após tentativa de prática sexual.
Gleice Kelly da Silva, de 13 anos, foi a última vítima do “Maníaco da Cruz”. Uma garota conhecida como “Carla”, de 17 anos, foi a única vítima que escapou com vida dos ataques do jovem.