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Polícia Quinta-feira, 09 de Outubro de 2008, 11:17 - A | A

Quinta-feira, 09 de Outubro de 2008, 11h:17 - A | A

Prefeito acusa justiça de demora em solução de mortes em Rio Brilhante

Lucia Morel e Jefferson Gonçalves - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Há pouco teve início na sede da Polícia Civil em Campo Grande uma coletiva para explicar a morte de três pessoas em Rio Brilhante pelo “maníaco da cruz”, que já foi identificado e se trata de um adolescente de 16 anos. Estão em Campo Grande a tia da menina de 13 anos, Juscilene Maria Salles, Vânia Neves que é prima da segunda vítima, Letícia Neves de Oliveira e o prefeito de Rio Brilhante, Donato Lopes Silva (PSDB).

Além da revolta dos familiares que estão na cidade, o prefeito de Rio Brilhante está indignado com a demora da polícia em se atentar para o caso e começar as investigações. Donato teceu reclamações contra o secretário de segurança pública, Wantuir Jacini, uma vez que, segundo o prefeito, já havia sido informado dos assassinatos, desde o primeiro caso. “Eu me reuni com o Jacini falando do primeiro caso e pedi reforço no efetivo de Rio Brilhante e não fui atendido. O que me revolta é saber que a justiça esperou três pessoas morrerem para começar a fazer alguma coisa”, reclama.

Conforme o prefeito, a responsabilidade pela segurança do município, que tem apenas 12 policiais militares, sendo apenas três nas ruas, é do Estado. A cidade viveu um clima de terror. Os pais não deixavam mais as crianças irem às aulas e salas ficavam vazias, devido ao medo. A justiça não tinha porque esperar tanto para tomar uma atitude”, destacou Donato.

Familiares
Conforme Juscilene, ela não esperava que um garoto de apenas 16 anos fosse capaz de cometer os crimes e comentou ainda que conhecia o pai do garoto e que nunca suspeitou de nada porque “eles eram muito tranqüilos”.

Já Vânia conhecia o garôo e era muito amiga do pai do adolescente. Ela conta que não credita que o menino tenha realizado os crimes sozinho e diz que o pai do autor é “macumbeiro”. “Não tenho medo de falar. Não acho que o menino fez tudo isso sozinho, mas vou deixar a polícia investigar”, comentou, acusando o pai do adolescente de ter participado dos assassinatos.

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