Deurico/Arquivo Capital News
Divulgação da Operação Lama Asfáltica
O ex-governador André Puccinelli postou em sua página do Facebook explicação sobre suposto envolvimento dele no escândalo que envolve empresários e agentes públicos, na Operação Lama Asfáltica, realizada pela Polícia Federal, Controladoria geral da União e Receita Federal. A empresa Proteco, do empreiteiro João Amorim é a principal invstigada em fraudes.
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André afirma que não teve acesso ao inquérito e que todas as operações de serviços foram feitas sob orientação jurídica pelas secretarias e dentro da lei. Puccinelli disse estar à disposição para qualquer esclarecimento.
Deurico/Arquivo Capital News
André Puccinelli
A resposta se deve em relação á escuta telefônica que consta na operação que corre em segredo de Justiça, mas que a TV Morena teve acesso. Na escuta, o ex-governador conversa com o então secretário de Fazenda da época, André Luís Cance. Utilizando códigos, Puccinelli afirma que precisa conversar com o xará (André Cance) para ter uma boa alvorada um alvorecer melhor. No dia seguinte, 23 de dezembro de 2014, é publicado no Diário Oficial a dispensa de licitação para serviços da Gráfica Alvorada.
Uma semana depois eles voltam a conversar, e o ex-governador pede então que seja encaminhada a documentação para ele verificar, pois pode ter mil ou 500 folhas. Na véspera do fim de mandato do então governador de MS, 30 de dezembro, novamente sai publicado no Diário Oficial um aditivo de R$ 6 milhões em um dos contratos da gráfica.
André Cance também é gravado em conversa com o empreiteiro João Amorim, onde a conversa supostamente se referia ao ex-governador André Puccinelli.
Após a divulgação das gravações, André Luís Cance que tinha cargo no Tribunal de Contas do Estado, por indicação de Puccinelli, teve a exoneração publicada no Diario Oficial essa semana.
Em outra gravação, o ex-secretário de Obras Edson Giroto conversa com o empresário João Amorim, da Proteco, principal envolvido na Operação policial, para que a obra do Aquário do Pantanal, embora vencida pela empresa Egelte Engenharia Ltda, a obra seja executada pela Proteco. A seguir Amorim negocia com o proprietário da empreiteira vencedora.
Essa, conforme explicou o delegado da Polícia Federal, Antônio Knoll durante a divulgação da Operação Lama Asfáltica, era uma das formas do crime, ou seja, as licitações tinham cláusulas para direcionar a vitória da concorrência a um grupo, entenda-se Proteco. No caso de esse grupo não vencer, eram feitas adequações para que a execução da obra fosse repassada ao grupo ligado ao esquema de fraudes.
Na ocasião divulgação da operação, o delegado da PF disse o seguinte sobre o ex-governador Puccinelli: “Não buscamos peças para chegar nessa ou naquela pessoa, buscamos a apuração dos fatos. Se essa apuração nos levar a essa, ou aquela pessoa, vamos agir para que haja consequência a todos os envolvidos”
A Polícia Federal ainda analisa toda a documentação da investigação, que começou há dois anos.
Veja a postagem do ex-governador André Puccinelli
A respeito de notícias envolvendo meu nome em investigações em curso, tenho a esclarecer neste momento que:
1 - Não tive acesso ao Inquérito Judicial e não fui notificado para me manifestar, por isso, até agora, não tenho conhecimento de quaisquer dos fatos alegados;
2 - Todas as decisões referentes a compras e contratação de serviços de meu governo foram tomadas com base na Lei e mediante orientação jurídica pertinente, pelas Secretarias de Estado, em suas respectivas áreas;
3 - Sempre estive e continuo à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos, inclusive disponibilizando meus sigilos bancário, fiscal e patrimonial, até porque, como bem afirmado pelo magistrado não há indícios de materialidade que envolvam meu nome.
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