Uma comissão composta por três técnicos da Superintendência de assistência socioeducativa da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) está em Ponta Porã para apurar a fuga do jovem Dhionatan Celestrino, de 20 anos conhecido como Maníaco da Cruz, ocorrida no último domingo (3).
Segundo disse ao Capital News o superintendente das Unidades Educacionais de Internação (Uneis) de Mato Grosso do Sul, Hilton Villasanti, a equipe foi para a cidade na quarta-feira (6) e irá apurar todas as circunstâncias da fuga do jovem.
“A equipe só voltará depois que todo o fato for documentado. O objetivo é apurar toda a dinâmica do fato para a reconstituição e para apurar as responsabilidades”, disse o superintendente.
Os técnicos irão ouvir outros adolescentes internos, funcionários e policiais militares que trabalham na segurança da Unei Mitaí em Ponta Porã.
A comissão irá produzir um relatório da análise feita no local e tem o prazo de 30 dias para repassar o documento à Superintendência. De acordo com Villasanti, o relatório será encaminhado para o secretário de segurança do Estado.
“Eles só voltarão depois que todo o trabalho estiver concluído”, disse o superintendente das Uneis.
Investigação
O delegado da 2ª delegacia e polícia de Ponta Porã, Clemir Vieira, disse ao Capital News que as buscas ao Maníaco da Cruz continuam e que as denúncias anônimas feitas à polícia não levaram ao paradeiro do jovem.
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Imagem recente mostra Dhionatan com cabelos curtos e fisionomia diferente
Foto: Reprodução
Fuga
Os agentes da Unei de Ponta Porã deram falta de Dhionatan na manhã do domingo (4). Segundo informações da Polícia Civil, a última revista de rotina aconteceu no fim da tarde do sábado (3).
Por motivos de segurança, o jovem ficava em uma cela isolada da Unei. Agentes teriam encontrado uma janela com sinais de arrombamento.
O caso
O adolescente foi apreendido no dia 10 de outubro de 2008, em Rio Brilhante. O rapaz confessou o assassinato das três pessoas depois de considerá-las “perdidas”. As vítimas eram asfixiadas e colocadas em posição de crucificação.
Entre as vítimas do “Maníaco da Cruz”, estava o pedreiro Catalino Gardena, morto no dia 24 de julho de 2008. No dia 24 de agosto foi encontrado o corpo da frentista Letícia Neves de Oliveira, de 22 anos, e no dia 3 de outubro de 2008, o corpo de Gleici Kelli Silva, de 13 anos.
O rapaz relatou que no caso das duas jovens ele fez um questionário, em que avaliou a 'pureza' das vítimas. Como ele as considerou perdidas, as duas foram assassinadas. No caso de Gardena, a morte aconteceu após tentativa de prática sexual.
Gleice Kelly da Silva, de 13 anos, foi a última vítima do “Maníaco da Cruz”. Uma garota conhecida como “Carla”, de 17 anos, foi a única vítima que escapou com vida do assassino.