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Executivo Sábado, 26 de Outubro de 2024, 10:12 - A | A

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Três Lagoas

Após reunião com Eduardo Riedel e ministra Simone Tebet, Petrobras retoma obras da UFN-III

Investimento para a conclusão é de R$ 3,5 bilhões e as operações deve começar em 2028

Elaine Oliveira
Capital News

Foi aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobras a continuidade da implantação da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), localizada em Três Lagoas (MS). Com a decisão, o projeto passa a integrar a carteira em implantação do Plano Estratégico vigente e a Petrobras dará início aos processos de contratação para retomada das obras da unidade. O investimento estimado para conclusão da UFN-III é cerca de R$ 3,5 bilhões e a previsão de início de operação é 2028.

A decisão foi após reunião do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, nesta segunda-feira (14), na sede da estatal, no Rio de Janeiro. O encontro contou com a presença da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e outras lideranças, incluindo o secretário estadual de Desenvolvimento, Jaime Verruck, e a diretora-presidente da MSGÁS, Cristiane Schmidt.

Divulgação

Governador confirma avanço na retomada das obras da UFN3 em reunião com Petrobras

A retomada da UFN3 também tem como objetivo alinhar a produção de fertilizantes a práticas sustentáveis e ao desenvolvimento econômico regional

As contratações passarão por todas as análises necessárias, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis. A autorização final ainda será submetida à aprovação pelas autoridades competentes da Petrobras, o que permitirá a assinatura dos contratos para retomada das obras.

De acordo com o diretor de Processos Industriais da Petrobras, William França, “com o aumento da oferta dos produtos gerados na UFN-III e a sua localização privilegiada, próxima aos principais consumidores do Centro-Oeste, Sul e Sudeste, estamos seguros da importância da unidade para a região e o país”.

“O setor de fertilizantes tem importância estratégica para a Petrobras. Estamos retomando os investimentos nesse segmento, a partir de estudos de viabilidade técnica e econômica, com o objetivo de ampliar nosso mercado de gás e contribuir para a redução da dependência da importação de fertilizantes no Brasil”, afirma a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.

A decisão é fundamentada em criteriosa reavaliação do projeto que, à luz das premissas do Plano Estratégico 2024-2028 (PE 2024-2028), teve sua atratividade econômica confirmada para essa fase nos diferentes cenários previstos na sistemática de aprovação de projetos de investimento da Petrobras, inclusive com VPL positivo no cenário mais desafiador.

A unidade estava hibernada desde 2015 e o processo de reavaliação do projeto começou ano passado, em função da aprovação do retorno da companhia ao segmento de fertilizantes, em linha com as diretrizes estratégicas aprovadas no âmbito do PE 2024-2028.

Governador Riedel destacou a importância da retomada da fábrica não apenas para Mato Grosso do Sul, mas para o Brasil como um todo. Segundo ele, a UFN3 representa uma mudança estrutural para o estado e para o Centro-Oeste, em um setor estratégico para o país. “Estamos retomando um projeto que ajudará o Brasil a reduzir a dependência da importação de fertilizantes, proporcionando mais autonomia e fortalecendo a economia nacional”, completou.

O secretário estadual de Desenvolvimento, Jaime Verruck, reforçou a importância da UFN3 para o desenvolvimento industrial e agrícola de Mato Grosso do Sul, destacando que a retomada das obras é essencial para consolidar o estado como um hub industrial. “É um projeto que vai impactar positivamente várias cadeias produtivas, aumentando a competitividade do agronegócio brasileiro”, finalizou.

Entenda: UFN3 é uma obra estratégica para o Agronegócio brasileiro

A obra da UFN3 foi iniciada em 2011 e paralisada em dezembro de 2014, após atingir 81% de conclusão. Projetada para ser a maior fábrica de fertilizantes da América Latina, a UFN3 terá capacidade para produzir 3,6 mil toneladas diárias de ureia e até 2,2 mil toneladas de amônia. Além disso, o projeto prevê um consumo diário de 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fortalecendo o setor industrial do país e reduzindo a dependência de importações de fertilizantes nitrogenados.

Estima-se que a conclusão da obra gere cerca de oito mil empregos diretos e indiretos, beneficiando diretamente a economia local e impulsionando o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. O valor inicial do projeto foi orçado em R$ 3,9 bilhões, e a conclusão da fábrica é vista como uma oportunidade para fortalecer o setor agrícola brasileiro, dando mais competitividade aos produtores nacionais.

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Nelson Mendes/Petrobrás

UFN3

Obra da unidade de fertilizantes de Três Lagoas foi paralisada em 2014, com 80% concluída

 

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