Aparecido Andrade Portela, conhecido como Tenente Portela, presidente estadual do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso do Sul e suplente da senadora Tereza Cristina (PP), emitiu uma nota nesta quinta-feira (12) para se defender após ser indiciado pela Polícia Federal. Ele é acusado de articular o financiamento de atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023.
Em sua declaração, Portela negou envolvimento nos atos e afirmou confiar na Justiça para esclarecer os fatos. “Mantenho-me tranquilo quanto aos fatos narrados e confiante de que a justiça demonstrará que não tive qualquer participação nos atos noticiados”, destacou. Ele também enfatizou não compactuar com práticas ilícitas ou antidemocráticas e reforçou que todos os fatos serão devidamente esclarecidos no processo judicial.
O presidente estadual do PL ressaltou que, apesar das acusações, segue cumprindo suas funções no partido e informou que está em viagem por motivos familiares. Portela reiterou sua disposição para colaborar com as investigações e prestar quaisquer esclarecimentos necessários às autoridades competentes.
A defesa de Portela classificou o indiciamento como injusto e manifestou confiança na Justiça. Segundo o advogado Carlos Alberto Correa Dantas, seu cliente mantém uma postura íntegra e está comprometido em cooperar com as apurações. “Nosso cliente confia que o processo judicial trará à tona a verdade dos fatos”, declarou o advogado em nota.
De acordo com informações da Agência Brasil, o indiciamento de Portela foi realizado no âmbito de um inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado. Ele foi apontado como intermediário entre o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e financiadores dos atos antidemocráticos. As investigações incluem mensagens interceptadas que indicam um planejamento codificado, no qual os atos eram descritos como “realização de um churrasco”. Com o avanço do inquérito, o número de investigados chegou a 40, incluindo figuras como o próprio ex-presidente Bolsonaro e ex-ministros de seu governo.