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Judiciário Quinta-feira, 08 de Fevereiro de 2024, 11:12 - A | A

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MPMS

Juíza recebe denúncia da nova fase do Gaeco contra deputados nas Operações Omertá e Succecione

Deputados Neno Razuk e Jamilson Name são réus conforme aponta a Justiça

Juliana Brum
Capital News

Luciana Nassar/Alems

Neno Razuk e Jamilson Name

Deputados estaduais Neno Razuk (PL) e Jamilson Name (PSDB)

Os deputados estaduais, Jamilson Name (PSDB), que é réu desde 2020 Operação Omertá, E Neno Razuk (PP), que passou a ser réu também por envolvimento do suposto envolvimento no Jogo do Bicho no Estado, segundo informações do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.

Successione

A operação Successione foi batizada com esse nome justamente pela relação de continuidade verificada pelo Gaeco em relação ao espólio deixado pela ofensiva contra os Name, apontados por décadas como chefes do jogo de azar em Campo Grande.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul aponta que a família do deputado de Dourados, filho do ex-político Roberto Razuk, sempre foi suspeita de atuar com o bicho na região sul. A casa do deputado foi vistoriada pelo Gaeco no fim de 2023 durante a Operação. O Gaeco apontou um dos veículos presos na Operação em nome de Neno Razuk.

Na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa no último dia 5, o deputado estadual Neno Razuk, apontado recentemente como o comandante do jogo do bicho em Campo Grande, se recusou a falar sobre o assunto afirmando desconhecer e não ter sido notificado.

Omertá

O Deputado Jamilson Name e sua família são investigados pela Justiça há pelo menos quatro anos. há duas ações penais correndo contra o deputado, decorrentes da operação Omertá, a primeira por tentativa de obstrução da justiça, e a segunda suposta lavagem de dinheiro do jogo do bicho e por integrar organização criminosa. Ele é réu desde 2020 na operação Omertà, que levou para a cadeia o pai dele, Jamil Name – falecido no cárcere em 2021- e o irmão Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”, custodiado em Mossoró (RN), com uma pena superior a 40 anos a cumprir. Segundo o Gaeco, o parlamentar foi quem assumiu a chefia dos negócios ilegais da família.

O caso ganhou novo capítulo quando nesta última segunda-feira (5), quando a juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal, recebeu do Gaeco, em uma nova fase da investigação que começou com a descoberta de 700 máquinas de registro de aposta em Campo Grande, em outubro de 2023.

Alems

O presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro se manifestou sobre o caso. “Em razão de tantos questionamentos, e aí vira até especulação, não vamos nos pronunciar antes que haja algo oficial na Casa. Isso vale para qualquer tipo de processo (sem citar nomes dos deputados). A gente não faz manifestação por especulação, nós trabalhamos dentro daquilo que é de extrema legalidade. Assim que for notificada, esta Casa há de se manifestar dentro dos ditames da lei”, esclareceu Claro. 

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