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Judiciário Quinta-feira, 21 de Agosto de 2025, 08:41 - A | A

Quinta-feira, 21 de Agosto de 2025, 08h:41 - A | A

Investigação

Silas Malafaia é investigado junto a Bolsonaro e filho por tentativa de coação no STF

Investigação investiga tentativa de manipular o julgamento da ação penal sobre o golpe de 2022

Viviane Freitas
Capital News

A Polícia Federal (PF) indiciou na última quarta-feira (20), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do estado democrático de direito. O motivo seria a tentativa de interferir no julgamento da ação penal do golpe, em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

O pedido de indiciamento foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, acompanhado de um relatório detalhado de 170 páginas. Nele, os delegados Leandro Almada, Rafael Caldeira e Itawan Pereira expõem os crimes cometidos pela família Bolsonaro, incluindo medidas contra o pastor Silas Malafaia, que teve seu passaporte retido e foi alvo de busca e apreensão.

A PF concluiu que Jair e Eduardo Bolsonaro, junto com Paulo Figueiredo e Silas Malafaia, agiram com o objetivo de interferir na Ação Penal n. 2668 do STF, na qual Bolsonaro é réu. Para os investigadores, ficou claro que pai e filho estavam alinhados a interesses externos, como o lobby realizado pelo deputado junto à Casa Branca, que resultou em sanções contra o Brasil durante o governo Donald Trump.

Além disso, a PF identificou movimentações bancárias suspeitas, com transferências de R$ 2 milhões feitas por Bolsonaro para a conta de sua esposa, Michelle Bolsonaro, e logo depois para a conta de Heloísa Bolsonaro, esposa de Eduardo. Esse esquema tinha como objetivo dissimular a origem dos recursos e apoiar atividades ilícitas.

Investigando mais a fundo, os investigadores descobriram ainda que Bolsonaro e o ex-ministro Walter Braga Netto violaram uma medida cautelar imposta por Moraes, que proibiu o contato entre os investigados. Em fevereiro de 2024, Braga Netto usou um número pré-pago para enviar uma mensagem a Bolsonaro, alegando que estava disponível para qualquer emergência, apesar de seu celular ter sido apreendido.

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