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Legislativo Quarta-feira, 07 de Fevereiro de 2024, 15:44 - A | A

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ALEMS

Situação da agropecuária preocupa deputados que levam tema aos debates

Segunda sessão ordinária, nesta quarta, teve um dos pilares da economia do MS nas discussões

Rogério Vidmantas
Capital News

Wagner Guimarães/ALEMS

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Tema movimentou os deputados estaduais nesta segunda sessão ordinária

Nesta quarta-feira (7), na segunda sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), a agropecuária, um dos pilares da economia do Estado, dominou os debates entre os parlamentares.

O deputado Junior Mochi (MDB) demonstrou sua preocupação com a atividade econômica em 2024. “A base da nossa atividade econômica é a agropecuária, e as estimativas são de uma queda de no mínimo 15% na produção, o que significa para o Estado, a perda de algo em torno de R$ 3 bilhões, devido à queda e diferença do preço da saca. Esse valor deixa de circular na economia estadual, são números reais, também considerando nossas safras e rebanhos, e a arrecadação de tributos", disse.

“Se considerarmos o número de cabeças de gados abatidas, serão mais de R$5 milhões retirados de circulação, um dinheiro que gera emprego e renda para a população sul-mato-grossense.Os senhores verão esse ano um número recorde de pedidos de recuperação judicial. A base de nosso Estado é o setor primário, o setor primário indo mal, toda a economia vai mal”, explicou o deputado Junior Mochi.

Junior Mochi destacou ainda que haverão muitos desafios para o Estado enfrentar em 2024. “Será um ano muito difícil, de desafios. A grande expansão do agronegócio se deu por conta do processo de arrendamento. E isso estimulou muitos a ingressarem nas propriedades, eles estão passando por uma dificuldade maior ainda. O clima quente resultou em uma baixa produtividade, um problema emergencial, teremos o resultado disso em 30 a 40 dias. Quando há ganho na economia primária, o progresso acontece e todos ganham com isso”, concluiu.

O deputado Zé Teixeira (PSDB) considera também gravíssimo o problema do arrendamento. “Os campos em torno dos municípios de Campo Grande, Jaraguari, e Bandeirantes, tem 90% de soja plantada, e quem faz o plantio não são os proprietários, são os arrendatários. Com o valor da saca diminuído, não vão conseguir pagar a renda. E isso também está acontecendo na região de Caarapó, Sidrolândia e Maracaju. Todos ficarão excluídos do setor de produção”, alertou.

O deputado Coronel David (PL) concorda com a preocupação do orador na tribuna.“Estamos dizendo há muito tempo sobre a dificuldade do agronegócio em Mato Grosso do Sul, principalmente a pecuária, e que causará certamente enormes prejuízos à população, isso demonstra que o Governo Federal virou as costas para o agronegócio, um componente decisivo para o Produto Interno Bruto [PIB], e isso prejudicará o povo”, analisou o parlamentar.

Para o deputado Zeca do PT, a economia está crescendo, e continuará. “Leio as informações sobre diminuição da taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia [Selic], que trará o crescimento da economia. A tendência é essa, a inflação real menor que a meta, e a avaliação das instituições como o Banco Interamericano de Desenvolvimento [BID] que interpretam números econômicos dizendo que o Brasil superará os números de antes", destaca.

O deputado e presidente da ALEMS, Gerson Claro (PP) também é otimista em relação ao crescimento e desenvolvimento da economia sul-mato-grossense. “O governador Eduardo Riedel [PSDB] e os empresários que investem aqui são otimistas. Sexta-feira, a Inpasa inaugura mais uma unidade no Estado, e cada tonelada de milho que fica aqui, gera recurso e empregos e renda. Quero continuar otimista em relação aos números que vem crescendo exponencionalmente, e serão ainda mais expressivos em 2024”, considerou.

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